sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A Sagrada Família

O domingo dentro da oitava do Natal é marcado pela celebração da Solenidade da Sagrada Família. Essa celebração insere os fiéis no mistério do plano salvífico, visto que “o matrimônio e a família constituem um dos dons mais preciosos da humanidade” (“Familiaris Consortio” 1). A família de Jesus é o protótipo e o paradigma para todos os lares, pois foi escolhida por Deus Pai para a missão de acolher o seu Filho feito homem. Contemplando a vivência da família de Nazaré, se desvela para todos o sentido verdadeiro das relações de responsabilidade, de paternidade e maternidade, de filiação e de fraternidade. O Evangelho proclamado na eucaristia dominical desta solenidade, apresenta duas importantes características da família do Senhor: a sua vivência da fé e do amor.

É perceptível o clima de amor e de cuidado entre os membros da Família Sagrada. Diante do episódio da perda de Jesus no Templo, a voz de Maria ressoa terna e doce para Jesus – “Meu filho, por que agiste assim conosco?” - e revela a preocupação dela e de José pelo menino – “Olha que teu pai e eu estávamos angustiados, a tua procura” (v.48). Por sua vez, o adolescente Jesus é apresentado como “obediente” aos seus pais (v.51), mas sem deixar de ser zeloso pelas coisas de seu PAI DO Céu (v.49). A segunda realidade paradigmática da família de Nazaré é a sua vivência do amor. O ser humano, criatura do Deus-amor, se desenvolve plenamente na medida em que se torna capaz de amar – doação total de si (física, emocional e espiritualmente), de forma livre e consciente, em direção à outra pessoa. A família é primeira comunidade de amor e por isso, uma escola de humanidade (cf. “Gaudium et Spes” 52). 

No seio familiar, a pessoa faz as suas primeiras experiências como alguém que é amado e é capaz de amar, experiência fundamental para suas futuras relações sociais e eclesiais. A beleza da vida familiar é um anúncio urgente para a humanidade. Diante de tantos desafios encontrados pelo homem e pela mulher para desenvolverem sua vocação ao amor conjugal e de tantas vozes negativas sobre a experiência familiar, a comunidade eclesial precisa estar sempre atenta para acompanhar as famílias em suas alegrias e em seus gramas cotidianos. A pastoral da Igreja é chamada a proclamar o dom da vida familiar, lugar da experiência de fé e de amor, verdadeira escola de humanidade, fraternidade e santidade na esteira da Sagrada Família.
Texto com adaptações
Fonte: Jornal Testemunho de fé – Dez e Jan de 2016.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Santos Inocentes Mártires

A memória dos santos inocentes lembra de todos os meninos que foram cruelmente pelo rei Herodes por ocasião do nascimento do menino Jesus. De acordo com a tradição todos os meninos de até dois anos foram mortos, para garantir que o filho de Maria fosse também eliminado. 

Quem narrou para a História foi o Apóstolo Mateus, em seu Evangelho. Os sábios do oriente procuraram Herodes, perguntando onde poderiam encontrar o recém-nascido Rei dos judeus para saudá-lo. O rei consultou então os sacerdotes e sábios do reino, obtendo a resposta de que o Ele teria nascido em Belém de Judá, Palestina. 

Herodes, fingindo apoiar os magos em sua missão, pediu-lhes que depois de encontrarem o "tal Rei dos judeus", voltassem e lhe dessem notícias. Mas os reis do Oriente, avisados em sonho pelo espírito de Deus, voltaram para casa por outro caminho. 

O tirano, ao perceber que havia sido enganado, decretou a morte de todos os meninos com menos de dois anos de idade nascidos na região. O decreto foi executado à risca pelos soldados do seu exército.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

REFLEXÃO
 Esses pequeninos inocentes de tenra idade, de alma pura, escreveram a primeira página do álbum de ouro dos mártires cristãos e mereceram a glória eterna segundo a promessa de Jesus. A Igreja celebra a festa dos Santos Inocentes perto da Natividade de Jesus, uma vez que tudo aconteceu após visita dos reis magos. A escolha foi proposital, pois quis que os Santinhos Inocentes alegrassem com sua presença a manjedoura do Menino Jesus.

ORAÇÃO
Meu Senhor, pelos Santos Inocentes, quero Vos rogar hoje por todos aqueles que são injustiçados, sofrem ameaças, são marginalizados e incompreendidos. Olhai pelos pequeninos, abandonados e assassinados pelas estrutura de morte de nossa sociedade. Que convosco eles alcancem dignidade e paz. Amém.


terça-feira, 27 de dezembro de 2016

São João Evangelista

João era discípulo de Jesus, aquele que Jesus amava e que esteve com ele até a morte na cruz. Era o mais jovem dos apóstolos, pescador e a tradição delega a ele o texto do quarto evangelho, algumas cartas e o livro do Apocalipse. 

Apesar do temperamento contemplativo, participou de todos momentos da vida de Jesus, inclusive daqueles momentos mais importantes como a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração e a aflição no Monte das Oliveiras. João esteve na última ceia e aos pés da cruz. 

Nos Atos dos Apóstolos, ele aparece sempre com São Pedro. Após Pentecostes João ficou pregando em Jerusalém. Participou do Concílio de Jerusalém, depois com Pedro se transferiu para a Samaria. Mas logo foi viver em Éfeso, para onde teria levado também a mãe de Jesus. Nesta cidade organizou comunidades e foi perseguido. 

João morreu e foi sepultado em Éfeso. Tinha noventa anos de idade, após muito sofrimento por todas as perseguições que sofreu durante sua vida, por pregar a Palavra de Deus. 

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR


REFLEXÃO
O Evangelho de João fala dos mistérios de Jesus, mostrando os discursos do Mestre com uma visão mais aguçada, mais profunda. Enquanto os outros três descrevem Jesus em ação, João nos revela Jesus em comunhão e meditação, ou seja, em toda a sua espiritualidade. Por sua pureza de vida, inocência e virgindade, João tornou-se logo o discípulo amado, e isso de um modo tão notório, que ele sempre se identificará em seu Evangelho como "o discípulo que Jesus amava".

ORAÇÃO
Pai Eterno, pela poderosa intercessão de São João, Apóstolo amado de Jesus, eu rogo pelas graças de que tanto necessito. Abro meu coração, agora e sempre, para ouvir a Vossa Voz e experimentar Vosso Poder em minha vida. Assim como São João, quero acolher a Palavra de Jesus e com amor levar as sementes do Vosso Reino por onde eu passar. Amém.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Festa da esperança!

"Passemos pro Belém... Ali contemplamos o mistério. Deus se torna presente para humanidade. Recordamos e vivemos novamente o dom infinito da ternura de Deus para conosco. 

Alegremo-nos e nos congratulemos diante de tão sublime presença. Esqueçam- se as incertezas... pois Deus se faz nosso irmão.

Reviver o mistério é reanimar nossa esperança, para acolhermos as certezas de Deus. Renascem nos corações sentimentos de gratidão, diante do dom infinito da presença de Deus iluminando o mundo. Por isso somos despertados para construirmos um mundo mais fraterno, na humildade da gruta de Belém, Deus é presença sublime. Ele continua iluminando nosso caminho hoje e sempre".
Pe. Márcio Carvalho, C.Ss.R.




Para tod@s que nos acompanham, amig@s e familiares, desejamos que esteja sempre presente aquela Paz anunciada pelos anjos amados de Deus. Feliz Natal!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Você é o Natal!

“O Natal costuma ser sempre uma ruidosa festa: entretanto se faz necessário o silêncio, para que se consiga ouvir a voz do Amor. Natal é você quando se dispõe, todos os dias, a renascer e deixar que Deus penetre em sua alma. O pinheiro de Natal é você quando, com sua força, resiste aos ventos e dificuldades da vida.

Você é o sino de Natal, quando chama, congrega, reúne. A luz do Natal é você quando, com uma vida de bondade, paciência, alegria e generosidade, consegue ser luz a iluminar o caminho dos outros.

Você é o anjo do Natal quando consegue entoar e cantar sua mensagem de paz, justiça e de amor. A estrela-guia do Natal é você quando consegue levar alguém ao encontro do Senhor.
Você será os Reis Magos quando conseguir dar, de presente, o melhor de si, indistintamente a todos.

A música de Natal é você quando consegue também sua harmonia interior. O presente de Natal é você quando consegue comportar-se como verdadeiro amigo e irmão de qualquer ser humano.
O cartão de Natal é você quando a bondade está escrita no gesto de amor de suas mãos.

Você será os votos de Feliz Natal quando perdoar, restabelecendo de novo a paz, mesmo à custa do seu próprio sacrifício.

A ceia de Natal é você quando sacia de pão e esperança qualquer carente ao seu lado.”

Mensagem do Papa Francisco aos cristãos, em dezembro de 2013.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Jesus o presente do Pai

Um convite para você: vamos olhar não só isto, vamos contemplar o presépio. Pode até parecer algo pouco adulto, pois, se somos cristãos, somos capazes de contemplá-lo. Mas será que é assim mesmo?Não podemos ter medo da ternura de Deus nem receio de contemplar a beleza de um Deus que se dispõe a encarnar-se no meio de nós. A realidade do presépio fascina toda a humanidade, e não há quem não sei deixa contagiar pela “cálida corrente de amor que inunda toda a terra”, no dizer que Edith Stein. Porém, prepara-se para a festa, estruturar-se humanamente é uma coisa, e se deixar guiar pela Estrela de Belém é outra coisa muito diferente. Aquele que se encarnou de modo simples, porém tão profundo e tão sublime, interroga-nos: “Como podemos ser tão amados assim por um Deus?” Do presépio nos vem um convite, silêncio como a brisa leve da manhã: “Segue-me!” “Isto nos faz tomar uma decisão: a favor ou contra Ele. Quem não é Ele, é contra Ele.

Na noite santa e silenciosa do Natal, há o canto dos Anjos glorificando o Pai e a alegria dos Pastores que encontram agora o Pastor verdadeiro das ovelhas, mas logo vemos não o branco da alegria, mas o vermelho do sangue, da recusa do projeto divino, com a morte dos inocentes e de Estêvão. Nem todo são filhos da Luz e para este o Príncipe da Paz traz a espada e lhes é pedra de tropeço. Quanta ambição, quanto desejo de poderio e dominação. Ontem e hoje! 

O convite para o seguimento dele é exigente, mas é também o abraço no maravilhoso intercâmbio entre Deus e o homem, entre o Céu e a Terra. É grande o mistério do Natal, pois o Criador da humanidade nos dá, assumindo um corpo, a sua divindade! Enche de vida divina nossa vida humana! Ele se fez Homem, criatura humana, para que nos tornássemos verdadeiramente filho ou filha do Pai do Céu.

“Segui-lo” é dispor-se a andar pelo caminho que conduz a Belém e ao monte do calvário. O projeto divino nascido na periferia de Belém concretiza-se plenamente no alto da cruz. É encarnação ao extremo. É o ápice para o novo nascimento na ressurreição. 

Não compreenderemos o mistério da encarnação de Cristo nem o convite dele: “Segue-me”, se não entrarmos na eternidade de Deus, se não penetrarmos aqui e agora esse mistério inefável. Quem não entra na eternidade de Deus, presente de modo tão humano no presépio, também, não responde ao seu chamado: “Segue-me!”

Eis a proposta do Natal. Deus nos presenteou com seu amor feito carne: Jesus! Agora a resposta ao seu convite é minha e sua. Como vamos responder? Anto e Feliz Natal pra você!

Pe. Ferdinando Mancilio, C.Ss.R. 
Revista de Aparecida - 2015

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Fim de ano: Tempo de desacelerar e Celebrar.

“O Natal costuma ser sempre uma ruidosa festa: entretanto, 
se faz necessário o silêncio, para que se consiga ouvir a voz do Amor.” 
(Papa Francisco).

Chega o final do ano e uma verdadeira contagem regressiva se instala na cabeça e nas ações das pessoas. Muitos dizem: - Passou muito rápido, mas não deu para fazer uma porção de coisas. 

Vivemos em uma cultura movediça e em tempos frenéticos, nos quais os nossos sentidos são estimulados constantemente para nos levar ao consumo desenfreado, à avidez do ter e do possuir. Gastamos a vida correndo para comprar o tempo livre das ocupações de que geralmente não gostamos. No entanto, o tempo que adquirimos graças ao dinheiro obtido no trabalho é investido apenas para consumir, caindo num círculo vicioso do mercado e das mercadorias. Então, esta fome de tempo para o bom proveito, do descanso e do lazer, do cultivo de boas relações, jamais será saciada, gerando estresse, depressão e outras doenças. E chegando ao final do ano, ao invés da festa, que nas culturas tradicionais era o coroamento do trabalho realizado, com tempo de preparação e celebração, temos apenas a diversão rápida (fast), que pode ser comparada e nem sequer exige a companhia dos outros.

Com isso, chegamos à conclusão de que estamos comprando um estilo de vida que não compensa: consumir energias, a vida, as relações afetivas para garantir um consumo de coisas que, no fundo, nem sabemos, através de ritmos de vida e trabalho desumanos. Não podemos deixar-nos escravizar pelo “tempo do relógio” (chrónos), o tempo quantitativo e materialista. Devemos, sim, viver o tempo como um Kairós, o tempo oportuno, um tempo qualitativo e voltado para a realização do bem-viver.

Um horizonte bonito para sairmos da aceleração, do consumismo e individualismo é o que propõe o provérbio africano: “Se queres ir depressa, anda sozinho; porém, se queres ir longe, anda acompanhado”.

Se chegarmos até aqui acelerados e aceleradas, é bom relaxar. Cada pessoa é responsável pela sua própria vida, mas este cuidado com a própria vida não basta para trazer felicidade, a não ser quando cada pessoa se faz responsável também pela vida do outro. Melhor é ficar com metas plausíveis, agradecer por tudo que conseguimos fazer, celebrar a vida -  o dom mais precioso – com as pessoas que amamos e, com calma, traçar novos objetivos para o próximo ano. 

A fraternidade é fonte de felicidade e de bem-estar. Assim, a sociedade deve ser organizada de forma a favorecer o direito que todos os seres humanos têm a vida digna e feliz. Afinal, “é Natal, um ano termina, mas nasce outra vez”.

Texto com adaptações.
Rui Antônio de Souza, da equipe de redação do Jornal mundo jovem
Fonte: Revista de Aparecida/ dez-2015.


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Postulantes Oblatas participam de mobilização social


No último dia 10 de dezembro as formandas Janilde e Marcelly  participaram de uma mobilização em Prol da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, no bairro de Santo Amaro – SP.

Em comunhão com esta Campanha, o Projeto Antonia se fez presente na mobilização, juntamente com as parcerias que disponibilizaram assistente social e psicóloga na escuta diretamente das mulheres que desejaram partilhar suas experiências.

Com Panfletagem e abordagem esta mobilização foi um momento para refletir e se fazer conhecer os diversos tipos de agressões que alimentam a cultura da violência contra as mulheres que são vivenciadas no cotidiano.

“A Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres é uma mobilização anual, praticada simultaneamente por diversos atores da sociedade civil e poder público engajados nesse enfrentamento. No Brasil, a Campanha acontece desde 2003 e, para destacar a dupla discriminação vivida pelas mulheres negras, às atividades aqui começam em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra”. (http://www.compromissoeatitude.org.br/16-dias-de-ativismo-uma-mobilizacao-mundial-pelo-fim-da-violencia-de-genero/)

Texto Janilde Diniz - Postulante Oblata.





Dia de Nossa Senhora de Guadalupe


quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Maria Imaculada, aurora da Redenção

«Salve, cheia de graça, o Senhor está contigo!» (Lc 1, 28). Em união com toda a Igreja, celebramos  a Solenidade da Imaculada Conceição, a singular graça e privilégio da Virgem Maria: desde a sua concepção, em ordem à sua maternidade divina, ela foi preservada de toda a mancha de pecado e enriquecida com uma plenitude de graça incomparável. Ela é, por isso, a mais santa de todas as criaturas!

Celebramos a Imaculada Conceição. Na verdade, foi no dia 8 de dezembro de 1854 que o Papa Pio IX proclamou este Dogma, dizendo: “Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que afirma que a bem-aventurada Virgem Maria, no primeiro momento da sua concepção, por graça de Deus, foi preservada imune de toda a mácula do pecado original, é uma doutrina revelada por Deus e que assim deve ser acreditada firmemente”.

Celebrar esta solenidade é sentir o Coração de Maria palpitar de amor por Deus e por nós, na imensidão do mistério de Graça e de Amor do Pai pela Humanidade. Qual nova Eva, “cheia de graça”, Maria refulge na Igreja com as suas excelsas virtudes: ela é verdadeiramente Mãe, educadora e modelo da Igreja. “A Igreja, ensinada pelo Espírito Santo, consagra-lhe, como mãe amantíssima, filial afeto de piedade” (LG 53).

Fonte: a12.com

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

A Virgem Maria no Advento

Com as celebrações do tempo do Advento, a Igreja faz memória dos eventos da primeira vinda do Senhor, a fim de se preparar dignamente para o seu retorno “em poder e glória”. Dentre os principais mistérios que antecederam o nascimento do Filho de Deus, encontramos a vocação de Maria. Na verdade, ela, grávida, é uma imagem da comunidade eclesial que espera com amor a manifestação gloriosa de Jesus. Esta analogia entre a Virgem e a Igreja foi ressaltada pelo beato Papa Paulo VI: “Desta maneira, os fiéis que procuram viver com a Liturgia o espírito do Advento, ao considerarem o amor inefável com que a Virgem Mãe esperou o Filho, serão levados a toma-la como modelo e a prepararem-se, também eles para irem ao encontro do Salvador que vem bem vigilantes na oração e celebrando os seus divinos louvores”. Nas quatro semanas do Tempo do Advento, a assembleia litúrgica lembra a participação da Virgem Maria nos mistérios da Encarnação do Verbo e do Nascimento de Jesus (Marialis Cultus 3 e 4).
No dia 8 de dezembro, a Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, dentro do contexto do Tempo do Advento, nos faz contemplar a ação divina que preservou Maria da mancha do pecado original e enriqueceu-a com a sua graça, a fim de que estivesse preparada para ser a mãe do Salvador. Como ela foi preparada para ser mãe do Senhor, a Igreja é continuamente santificada para se apresentar “sem mancha e sem ruga, esposa de Cristo, resplandecente de beleza” a Deus Pai. Desta forma, existe uma relação entre a preparação de Maria para acolher a primeira vinda do Senhor e da Igreja para recebê-Lo no dia da sua Parusia.

Durante os dias feriais que antecedem a celebração do Natal – do dia 17 ao 24 -, a Liturgia da Palavra da eucaristia apresenta as narrativas dos acontecimentos em torno ao nascimento de Jesus. No conjunto de todos os relatos evangélicos, a vocação de Maria, como a mãe de Jesus, se destaca no conjunto rico de personagens envolvidos diretamente com o nascimento do Senhor: José, Zacarias, Isabel e João Batista. A Igreja se espelha na atitude existencial de Maria orante, disponível e servidora para completar a sua preparação para a celebração do Natal.

No quarto domingo do Advento, a Liturgia da Palavra da Santa Missa nos anos A,B e C apresentam relatos evangélicos com referência à participação de Maria no mistério do nascimento de Jesus. Com esses episódios, a comunidade eclesial percebe toda a disposição do projeto divino que, adequadamente, preparou a primeira vinda do Salvador feito homem. A particular presença de Maria na aurora da entrada da salvação no mundo recebe não só admiração por parte dos fiéis, mas se torna estímulo para se deixar guiar pela sabedora divina.

De fato, MARIA “É o tipo e a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo” (“Lumen Gentium” 63). A espiritualidade do Tempo do Advento é marcada pelo vulto da Virgem – mulher amada, escolhida e preparada para a missão. O seu grade fiat – “Sim! Faça-se!” –possibilitou a Encarnação e no Nascimento do Verbo divino. Tal resposta da Virgem ao projeto amoroso e salvífico de Deus se tornou um paradigma para a caminhada da Igreja. A celebração do Advento pretende retirar do coração dos fiéis um “Sim! Faça-se!” semelhante ao de Maria. A fé da comunidade eclesial deve ser vivida no compromisso com o plano de Deus para os homens e o cosmos, aguardando o dia feliz da vinda definitiva de Jesus Cristo.

Textos com adaptações.
Fonte: Jornal testemunho de fé- Dezembro de 2015

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Mundo tem 2,5 milhões de novos casos de HIV por ano.


Estudos feitos neste ano, mostraram que cerca de 2,5 milhões de pessoas ainda são infectadas pelo vírus do HIV, todos os anos, ao mesmo tempo em que as novas drogas têm reduzido a taxa de mortalidade relacionada ao vírus e os soropositivos têm vivido cada vez mais. 

O número de novas infecções estacionou nos últimos 10 anos - depois de uma queda drástica após o pico registrado em 1997, quando 3,3 milhões de pessoas foram infectadas.

O estudo foi publicado em meio à Conferência Internacional de Aids, que está em curso em Durban, na África do Sul. O relatório fala em um "cenário preocupante de progresso lento na redução de novas infecções por HIV", segundo o autor principal do estudo, Haidong Wang, do Instituto de Métrica e Avaliação (IHME) da Universidade de Washington, em Seattle.

A situação pode ser agravada por causa da estagnação dos fundos para programas de HIV e Aids.
"Portanto, um aumento drástico dos esforços de governos e agências internacionais será necessário para atender a demanda de estimados US$ 36 bilhões todos os anos para realizar o objetivo de acabar com a Aids até 2030", disse o diretor do IHME Christopher Murray em uma nota.

Nos últimos 15 anos, os países contribuíram com US$ 110 bilhões para programas de HIV e Aids.
Atualmente existem cerca de 38,8 milhões de pessoas vivendo com HIV. Em 2000, havia 28 milhões de pessoas com o vírus. As mortes anuais por Aids caíram de um pico de 1,8 milhão em 2005 para 1,2 milhão em 2015.

Fonte: g1