domingo, 10 de abril de 2016

Reflexão do Evangelho Jo 21,1-19

Um tipo de morte que glorifica a Deus.

O texto narra outra aparição de Jesus e tem como tema principal a missão da Igreja sob a guia do Ressuscitado. 

O número sete significa perfeição ou totalidade. Aqui traduz a comunidade perfeita, a que se reúne em torno do banquete (vv.9-13). Os protagonistas da cena, Pedro e o Discípulo Amado, são os mesmos que entraram no sepulcro vazio. Novamente, o Discípulo Amado reconhece o Senhor. É o amor que precede esse reconhecimento. Mas é Pedro, desta vez, que corre ao encontro do Senhor (v.7). É também ele quem toma a iniciativa de pescar e de trazer para a praia a rede cheia de peixes (v.11). Assim, entrelaçam-se o reconhecimento do Ressuscitado e o serviço missionário representado
pela pesca. Sem esse reconhecimento, o trabalho é estéril (v.3); somente com Cristo ele se torna fecundo (v.7). Os 153 peixes grandes simbolizam o grandioso sucesso da missão e seu caráter universal.

A Pedro é confiada a tarefa pastoral na Igreja (vv. 15-17). As três perguntas que Jesus lhe faz sobre se ele o ama correspondem às três negações do apóstolo. Pedro não ousa afirmar que ama o Senhor mais que os outros discípulos. Sua resposta é humilde, pois sabe de sua fraqueza e tem consciência de que sua tarefa é fundada na graça. Jesus pergunta a Pedro considerando sua disponibilidade, e é a partir daí que lhe é confiada a missão.

No v. 18, Jesus apresenta a Pedro a total disponibilidade que o discípulo deve ter para o seguimento. Caminhar com Jesus é assumir também seu destino: o martírio. Dessa forma, o serviço que Pedro assume no pastoreio deve ser feito num total dom de si. Esse dom só é possível para aquele que ama, ainda que não o faça “mais que os outros”. Esse amor incondicional, que o próprio Cristo vivenciou, Pedro aprenderá em sua caminhada. Por enquanto, sua própria entrega foi o reflexo desse amor.

Fonte: Revista Vida Pastoral

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