terça-feira, 30 de junho de 2015

Consagração de amor ao Sagrado Coração

Neste fim do mês de junho, diante do Sagrado Coração de Jesus, contando com a a ternura do Imaculado coração de Maria e o cuidado do boníssimo Coração de São José, podemos, ir fazer uma visita a Belém, junto com os Santos Reis e rezar esta bela oração, que está nas páginas do Manual do Coração de Jesus: 



"Coloco-me em Tuas Mãos, Pai. Faze de mim o que desejares. 
Aconteça o que acontecer, agradeço-te, Pai. Estou disposto a tudo. 
Tudo aceito, contando que a Tua vontade se cumpra em mim e em todas
 as Tuas criaturas. Nada mais desejo, Pai. Confio-Te a minha alma, 
com todo amor de que sou capaz, na mais generosa das doações. 
Entrego-me em Tuas Mãos, com infinita confiança, porque Tu és meu Pai!" 
(Oração do Bem-aventurado Charles de Foucauld).




Podemos, como é fácil ver, dirigir também esta prece de entrega amorosa e confiante ao Sagrado Coração. Seja como preferimos, ela é uma consagração  de nós mesmos e de tudo o que estiver em nossas mãos nas Mãos do Pai, no sopro do Espírito, no imenso Amor do Coração de nosso Redentor!

Pe. Paiva, SJ

Texto com Adaptações.
Fonte: Revista Mensageiro do Coração de Jesus


segunda-feira, 29 de junho de 2015

29 de Junho - São Pedro e São Paulo

A solenidade de são Pedro e de são Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis.

E mais: depois da Virgem Santíssima e de são João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo.

Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios.

A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero.

Há outras raízes ainda envolvendo a data. A festa seria a cristianização de um culto pagão a Remo e Rômulo, os mitológicos fundadores pagãos de Roma. São Pedro e são Paulo não fundaram a cidade, mas são considerados os "Pais de Roma". Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império, com seu sangue "fundaram" a Roma cristã. Os dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas do Mestre.

São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. A ele Jesus disse: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja". São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade.

São Paulo, que foi arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco, como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o "Apóstolo dos Gentios".

São Pedro e são Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre.

Fonte: Paulinas

domingo, 28 de junho de 2015

Reflexão do Evangelho - Mt 16,13-19

As portas do inferno não vencerão

No evangelho de hoje, Jesus faz duas perguntas aos discípulos. Na primeira ele quer saber o que as pessoas em geral estão dizendo a respeito dele e, na segunda, o que os discípulos pensam sobre ele.
Com essas perguntas, parece que Jesus está fazendo uma pesquisa de opinião, para ver se a mensagem dele está sendo entendida pelo público. Ele está ocupado em construir, na consciência coletiva, a identidade dele, ou seja, quer estabelecer exata compreensão a respeito do Messias e, além disso, do tipo de Messias que ele é. Jesus faz essas perguntas aos discípulos porque sabe que da correta assimilação da identidade dele depende a correta compreensão de sua mensagem. Se alguém entende de forma errada quem é Jesus, compreenderá erroneamente a sua mensagem e terá uma práxis totalmente diferente da que ele espera.

Nas respostas dos discípulos à primeira pergunta, são explicitadas as diversas esperanças messiânicas de Israel.
Pedro toma a iniciativa de responder à pergunta feita aos discípulos sobre a identidade de Jesus. Mas é a comunidade dos discípulos sobre a identidade de Jesus. Mas é a comunidade dos discípulos, representada por Pedro, quem diz corretamente que é Jesus e qual é a sua missão. A resposta da comunidade representada por Pedro é uma profissão de fé no "Cristo, Filho do Deus vivo". Essa profissão de fé não é fruto da lógica e do esforço humano, mas é revelação divina, pois quem o revela  à comunidade é o próprio Pai, que está no céu. Foi a abertura da comunidade à revelação divina que possibilitou reconhecer e confessar  a fé no Cristo. E é sobre a fé confessada no Cristo, Filho do Deus vivo, que a Igreja é edificada. A expressão  "esta pedra" refere-se á confissão de fé e é um trocadilho com a palavra  "Pedro", por cujos lábios ela é pronunciada. O fundamento da Igreja é Jesus, pedra angular (Mt 21,42), confessado como Messias/Cristo pela comunidade de seus seguidores (são João Crisóstomo, Homilia XXI, 1).

Porque a comunidade dos seguidores confessou a verdadeira identidade de Jesus como Messias/Cristo, pedra angular ou fundamento, ela recebeu  "as chaves do Reino" (e não da Igreja).  O termo "chaves" significa ter acesso e nesse caso, remete a Is 22,22. Então, é a tarefa da Igreja cuidar da obra divina não como um proprietário, pois o Reino é de Deus, mas como um mordomo ou despenseiro que cuida da cada de seu verdadeiro senhor, ao qual prestará contas de seu serviço. E cuidar do reino significa fazer que ele cresça neste mundo.

Então a principal tarefa da comunidade dos discípulos de Jesus, a Igreja,é proporcionar o avanço do Reino dos Céus (ou de Deus). Esse avanço significa uma ofensiva a tudo que se constitui em antirreino (representado pelo termo "inferno"). "As portas", naquela época  como hoje, significavam o poder de defesa. Uma cidade (murada) com portas resistentes tinha grande poder de defesa numa batalha. "As portas do inferno não resistirão" significa que a comunidade dos discípulos de Jesus faz o Reino avançar contra o antirreino (o inferno), e por mais fortes que sejam os poderes de defesa (as portas) do inferno, eles não conseguirão resistir por muito tempo ao ataque da Igreja, a qual por fim verá o Reino vencer e ser instaurado plenamente. As portas do antirreino cairão ao final do ataque feito pela igreja.

Em vista do avanço do Reino, uma das tarefas da Igreja é "ligar ou desligar", mas isso não diz respeito a uma autoridade soberana do líder da Igreja. O sentido de "ligar ou desligar" refere-se ao âmbito da comunhão entre o fiel e a comunidade, ou melhor, ao sacramento da reconciliação. É  precisamente no âmbito do ministério da reconciliação que a Igreja exerce a tarefa de excluir oficialmente um membro  da comunhão plena ou de readmiti-lo (reconciliá-lo), uma vez cumprida certa condições. Desse modo, "ligar ou deligar" significa fundamentalmente a faculdade de perdoar os pecados, reconciliando o pecador com Deus, mediante a visibilidade do sacramento, impondo-lhes condições e obrigações que sejam o sinal da verdadeira conversão.




Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
(Graduada em Filosofia pela Universidade
Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade
Jesuíta de Filosia e Teologia (Faje - BH), onde
também cursou mestrado e doutorado em Teologia
Bíblica e lecionou por aluns anos.
Atualmente leciona na Faculdade Católica de Fortaleza.
É autora do livro: "Eis que faço nova todas as coisas" -
teologia apocalíptica - Paulinas)

sábado, 27 de junho de 2015

27 de junho - Dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

O Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é de origem oriental, grega. Em fins do século XV, um negociante roubou o quadro do altar onde estava, na Ilha de Creta, onde foi venerado pelo povo cristão desde tempos imemoráveis. Escapou milagrosamente de uma tormenta em alto mar, levando o quadro até Roma. Adoeceu mortalmente e procurou um amigo que cuidasse dele. Estando para morrer, revelou o segredo do quadro e pediu ao amigo que o devolvesse a uma igreja. O amigo, por causa da sua esposa, não quis desfazer-se de tão belo tesouro, tendo morrido sem cumprir a promessa.

Por último, a Santíssima Virgem apareceu a uma menina de seis anos, filha desta família romana, e mandou-lhe dizer à mãe e à avó que o quadro devia ser colocado na Igreja de São Mateus, entre as basílicas de Santa Maria Maior e São João Latrão. A mãe obedeceu e o quadro foi colocado nesta igreja no dia 27 de março de 1499. Aí ele foi venerado durante 300 anos. Então a devoção começou a se divulgar em toda Roma.

Em 1798 a guerra atingiu Roma. O convento e a igreja, que estavam sob o cuidado dos Agostinianos irlandeses, foram quase totalmente destruídos. Parte dos agostinianos passou para um convento vizinho e levou consigo o quadro, onde ficou oculto por anos.

Em 1819, os Agostinianos se transferiram para a Igreja de Santa Maria in Postérula. Com eles foi a “Virgem de São Mateus”. Mas como “Nossa Senhora da Graça” era já venerada naquela igreja, o quadro foi posto numa capela interna do convento, onde ele permaneceu quase desconhecido, a não ser para o Irmão Agostinho Orsetti, um dos jovens frades provenientes de São Mateus.

O religioso idoso e o jovem coroinha
Os anos corriam e parecia que o quadro estava para cair no esquecimento. Um jovem coroinha chamado Michele Marchi visitava muitas vezes a igreja de Santa Maria in Postérula e tornou-se amigo do Irmão Agostinho. Muito mais tarde, o então sacerdote Padre Michele escreveria: “Este bom Irmão costumava me falar com um certo ar de mistério e ansiedade, especialmente durante os anos 1850 e 1851, estas exatas palavras: ‘Veja bem, meu filho, você sabe que a imagem da Virgem de São Mateus está lá em cima na capela: nunca se esqueça dela, entende? É um quadro milagroso. Naquele tempo o Irmão estava quase totalmente cego. Desde a minha infância até quando entrei na Congregação Redentorista sempre vi o quadro acima do altar da capela doméstica dos Padres agostinianos, não havia devoção a ele, nem enfeite, nem sequer uma lâmpada para reconhecer a sua presença, ficava coberto de poeira e praticamente abandonado. Muitas vezes, quando eu ajudava a Missa lá, eu olhava para ele com grande atenção”.

O Irmão Agostinho morreu em 1853, com 86 anos, sem ter visto realizado o seu desejo de que a Virgem do Perpétuo Socorro fosse de novo exposta à veneração pública.

A redescoberta do ícone
Em Janeiro de 1855, os Missionários Redentoristas adquiriram “Villa Caserta” em Roma, fazendo dela a Casa Generalícia da sua Congregação missionária, que se tinha espalhado pela Europa ocidental e América do Norte. Nesta mesma propriedade junto à Via Merulana, estavam as ruínas da Igreja e do Convento de São Mateus. Sem perceber, eles tinham adquirido o terreno que, muitos anos antes, tinha sido escolhido pela Virgem para seu santuário entre Santa Maria Maior e São João de Latrão.

Começaram então a construção de uma igreja em honra do Santíssimo Redentor e dedicada a Santo Afonso Maria de Ligório, fundador da Congregação do Santíssimo Redentor. Em dezembro de 1855, um grupo de jovens começava seu noviciado na nova casa. Um deles era Michele Marchi.

Os Redentoristas estavam extremamente interessados na história da sua nova propriedade. A 7 de fevereiro de 1863, ficaram intrigados com os questionamentos de um pregador jesuíta, Padre Francesco Blosi, que num sermão falou de um ícone de Maria que “tinha estado na Igreja de São Mateus na Via Merulana e era conhecido como a Virgem de São Mateus, ou mais corretamente a Virgem do Perpétuo Socorro”.

Em outra ocasião, o Cronista da comunidade redentorista, “examinando alguns autores que tinham escrito sobre as antiguidades romanas, encontrou referências à Igreja de São Mateus. Entre elas havia uma citação particular, mencionando que naquela igreja havia um antigo ícone da Mãe de Deus, que gozava de “grande veneração e fama por seus milagres”. Então, tendo contado tudo isto à comunidade, começaram a se perguntar onde poderia estar o quadro. Padre Marchi repetiu tudo o que ouvira do Irmão Agostinho Orsetti e disse a seus confrades que muitas vezes tinha visto o ícone e sabia muito bem onde se achava”.

Os Redentoristas recebem o ícone
Com esta nova informação, cresceu entre os Redentoristas o interesse por saber mais sobre o ícone e por recuperá-lo. O Superior Geral, Padre Nicholas Mauron, apresentou uma carta ao Papa Pio IX, na qual ele pedia à Santa Sé que lhe concedesse o Ícone para ser colocado na recém-construída Igreja do Santíssimo Redentor e de Santo Afonso. O Papa concedeu a licença. Conforme a tradição, Pio IX disse ao Superior Geral dos Redentoristas: “Fazei-a conhecida no mundo inteiro!”. Em janeiro de 1866, os Padres Michele Marchi e Ernesto Bresciani foram a Santa Maria in Postérula receber o quadro dos Agostinianos.

Começou então o processo de restauração do ícone. A tarefa foi confiada a um artista polonês, Leopold Nowotny. Finalmente, no dia 26 de abril de 1866, a imagem era de novo exposta à veneração pública na igreja de Santo Afonso. Com este evento, começou o quarto estágio da história: a difusão do ícone no mundo inteiro.

O Ícone de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro é venerado por toda família Redentorista.
Participe e divulgue esta devoção.

Texto com Adaptação.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

25 de junho - Dia do Imigrante

Existem controvérsias quanto à verdadeira data em que se dá o Dia do Imigrante. Em alguns sites ou blogs, informa-se como sendo a data, dia 1 de dezembro. Em outros, diz-se o dia 25 de junho como sendo o Dia do Imigrante, por se tratar do encerramento da Semana da Imigração Japonesa, que se inicia em 18 de junho.

Lei – A data é comemorada desde novembro de 1957, quando o decreto n° 30.128, assinado pelo então governador de São Paulo, Jânio Quadros, determinou o 1° de dezembro. A data foi escolhida para coincidir com o primeiro domingo do advento, que significa "vinda, chegada". Instituído no Brasil em 1957 através da lei 30.128, o Dia do Imigrante é comemorado oficialmente em 25 de junho, quando se encerra a semana das festividades iniciadas em 18 de junho, com o Dia da Imigração Japonesa.

Imigrante – Imigrante é a pessoa que mora em um país diferente daquele em que nasceu. A imigração ocorreu por vários motivos, dentre os quais a falta de perspectiva do individuo em sua própria nação, espírito de aventura, guerras, razões políticas, estudo etc.

Quando o Brasil se tornou independente de Portugal, em 1822, já era um país muito extenso, mas pouco povoado. Era preciso ocupá-lo de fato, isto com sua própria gente, e dessa maneira garantir as fronteiras. Por esse motivo, uma das medidas do governo brasileiro foi incentivar a vinda de imigrantes europeus. Eles contribuíram para o desenvolvimento de uma vasta área do país.
Embora, os portugueses tenham sido antes de tudo nossos colonizadores, eles vieram como imigrantes para o Brasil em 1853. Ao chegarem se estabeleceram em São Paulo, principalmente, nas fazendas de café. Mas depois, ampliaram suas atividades no interior do país, abrindo pequenos negócios como padarias, mercearias e serralherias etc.

Na região Sul, italianos, alemães, poloneses e ucranianos, entre outros, povoaram as áreas serranas e os vales dos rios. Esse movimento, iniciou em meados do século dezenove e se estendeu até as primeiras décadas do século vinte.

Ao longo de todo o século XIX, o Brasil também foi parada obrigatória de muitos cientistas e artistas europeus. Embora eles não viessem ao Brasil com o objetivo de viver aqui, mas apenas para conhecer e registrar a exuberância de plantas, animais e povos nativos, os cientistas e os artistas estrangeiros ajudaram a divulgar a imagem de nosso país na Europa.

Influências - Ainda hoje, na região Sul, a atividade econômica mais importante e que emprega mais pessoas é a agricultura. Foram os imigrantes que difundiram a pequena propriedade, a policultura, o trabalho familiar, o cultivo de uva e a mentalidade empresarial. Além de influenciar na nossa língua, na arquitetura, nos costumes contribuíram para a formação do povo brasileiro, através da miscigenação.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

24 de Junho - Solenidade de João Batista, grande anunciador do Reino

Com muita alegria, a Igreja, solenemente, celebra o nascimento de São João Batista. Santo que, juntamente com a Santíssima Virgem Maria, é o único a ter o aniversário natalício recordado pela liturgia.

São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, seu primo, e foi um anjo quem revelou o seu nome ao seu pai, Zacarias, que há muitos anos rezava com sua esposa para terem um filho. Estudiosos mostram que possivelmente depois de idade adequada, João teria participado da vida monástica de uma comunidade rigorista, na qual, à beira do Rio Jordão ou Mar Morto, vivia em profunda penitência e oração.

Pode-se chegar a essa conclusão a partir do texto de Mateus: “João usava um traje de pelo de camelo, com um cinto de couro à volta dos rins; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre”. O que o tornou tão importante para a história do Cristianismo é que, além de ser o último profeta a anunciar o Messias, foi ele quem preparou o caminho do Senhor com pregações conclamando os fiéis à mudança de vida e ao batismo de penitência (por isso “Batista”).

Como nos ensinam as Sagradas Escrituras: “Eu vos batizo na água, em vista da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo” (Mateus 3,11).

Os Evangelhos nos revelam a inauguração da missão salvífica de Jesus a partir do batismo recebido pelas mãos do precursor João e da manifestação da Trindade Santa. São João, ao reconhecer e apresentar Jesus como o Cristo, continuou sua missão em sentido descendente, a fim de que somente o Messias aparecesse.

Grande anunciador do Reino e denunciador dos pecados, ele foi preso por não concordar com as atitudes pecaminosas de Herodes, acabando decapitado devido ao ódio de Herodíades, que fora esposa do irmão deste [Herodes], com a qual este vivia pecaminosamente.

O grande santo morreu na santidade e reconhecido pelo próprio Cristo: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João , o Batista” (Mateus 11,11).

São João Batista, rogai por nós!

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Entronização do Sagrado Coração de Jesus nas famílias

imagem: http://umafamiliacatolica.blogs.sapo.pt/

A família passa por uma crise. Seu símbolo de lar, Igreja doméstica e de célula-mãe de toda a sociedade está obscurecido. Para recuperar sua vocação de imagem e semelhança de Deus, o Papa Francisco  convocou  um Sínodo para avaliar os desafios da família nos dias de hoje e tratar de questões urgentes que pedem um apalavra esclarecedora e uma orientação segura.

Enquanto isso, rezamos pelo Sínodo e lançamos mãos de soluções que Deus nos oferece, porque Deus está próximo de nós quando enfrentamos dificuldades. Uma das bênçãos que podemos pedir chama-se "Entronização ao Sagrado Coração de Jesus nos lares". Essa é nossa busca de solução para a unidade das famílias. Ela se apoia na promessa de Jesus: "Abençoarei as casas em que se achar exposta e for venerada a imagem do meu coração".

Conforme essa promessa de Jesus, "entronizar" é colocar em um lugar de destaque, que, em um trono que pose ser um altarzinho, a estátua ou a imagem que represente o Sagrado Coração de Jesus como Rei e centro da família.


Fonte: Revista Mensageiro do Coração de Jesus - Março/2015

domingo, 21 de junho de 2015

Reflexão do Evangelho - Mc 4,35-41

 Vamos para outra margem

No trecho anterior ao que foi proclamado hoje, Jesus permanecia no barco, ensinando às multidões por meio de parábolas. Mas no final do dia ele convocou seus discípulos para se dirigirem à outra margem do mar da Galileia.

Do outro lado  do mar estavam as cidades de cultura helenista, a maioria das cidades da Decápole. Jesus diz aos seus discípulos que assumam o risco de sair de seu habitat original e o levem a lugares diferentes, a pessoas de outra cultura através das águas bravias e dos perigos costumeiros de uma viagem. Sair de si é sempre arriscado, e é comum sentir medo do desconhecido.

A tempestade simboliza as dificuldades de uma jornada que leva para a outra margem. As multidões ficaram para trás, pessoas que poderiam dar apoio permaneceram do outro lado, agora é a vez de contatar diferentes culturas, religiões, tradições e costumes. Uma nova etapa , um novo começo na vida das comunidades. Trata-se simbolicamente do início da longa marcha da missão universal da Igreja que temos de estar dispostos  a continuar, até que Cristo venha.

Às vezes a barca parece afundar, sentimos pânico, mas Cristo está na popa (c.38), lugar onde fica o piloto que dirige o barco. Pode parecer que Cristo dorme enquanto corremos o risco de perecer, mas ele continua lá no controle do baco, este jamais afundará. Vamos sair de nosso comodismo, há um mundo a ser evangelizado.

Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
(Graduada em Filosofia pela Universidade
Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade
Jesuíta de Filosia e Teologia (Faje - BH), onde
também cursou mestrado e doutorado em Teologia
Bíblica e lecionou por aluns anos.
Atualmente leciona na Faculdade Católica de Fortaleza.
É autora do livro: "Eis que faço nova todas as coisas" -
teologia apocalíptica -Paulinas)

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Dia Mundial do Migrante e do Refugiado - Mensagem de Papa Francisco

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA O DIA MUNDIAL DO MIGRANTE
 E DO REFUGIADO –  2015

 "Igreja sem fronteiras, mãe de todos"

Queridos irmãos e irmãs!

Jesus é «o evangelizador por excelência e o Evangelho em pessoa» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 209). A sua solicitude, especialmente pelos mais vulneráveis e marginalizados, a todos convida a cuidar das pessoas mais frágeis e reconhecer o seu rosto de sofrimento sobretudo nas vítimas das novas formas de pobreza e escravidão. Diz o Senhor: «Tive fome e destes-Me de comer, tive sede e destes-Me de beber, era peregrino e recolhestes-Me, estava nu e destes-Me que vestir, adoeci e visitastes-Me, estive na prisão e fostes ter comigo» (Mt 25, 35-36). Por isso, a Igreja, peregrina sobre a terra e mãe de todos, tem por missão amar Jesus Cristo, adorá-Lo e amá-Lo, particularmente nos mais pobres e abandonados; e entre eles contam-se, sem dúvida, os migrantes e os refugiados, que procuram deixar para trás duras condições de vida e perigos de toda a espécie. Assim, neste ano, o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado tem por tema: Igreja sem fronteiras, mãe de todos.

Com efeito, a Igreja estende os seus braços para acolher todos os povos, sem distinção nem fronteiras, e para anunciar a todos que «Deus é amor» (1 Jo 4, 8.16). Depois da sua morte e ressurreição, Jesus confiou aos discípulos a missão de ser suas testemunhas e proclamar o Evangelho da alegria e da misericórdia. Eles, no dia de Pentecostes, saíram do Cenáculo cheios de coragem e entusiasmo; sobre dúvidas e incertezas, prevaleceu a força do Espírito Santo, fazendo com que cada um compreendesse o anúncio dos Apóstolos na própria língua; assim, desde o início, a Igreja é mãe de coração aberto ao mundo inteiro, sem fronteiras. Aquele mandato abrange já dois milénios de história, mas, desde os primeiros séculos, o anúncio missionário pôs em evidência a maternidade universal da Igreja, posteriormente desenvolvida nos escritos dos Padres e retomada pelo Concílio Vaticano II. Os Padres conciliares falaram de Ecclesia mater para explicar a sua natureza; na verdade, a Igreja gera filhos e filhas, sendo «incorporados» nela que «os abraça com amor e solicitude» (Const. dogm. sobre a Igreja Lumen gentium, 14).

A Igreja sem fronteiras, mãe de todos, propaga no mundo a cultura do acolhimento e da solidariedade, segundo a qual ninguém deve ser considerado inútil, intruso ou descartável. A comunidade cristã, se viver efectivamente a sua maternidade, nutre, guia e aponta o caminho, acompanha com paciência, solidariza-se com a oração e as obras de misericórdia.

Nos nossos dias, tudo isto assume um significado particular. Com efeito, numa época de tão vastas migrações, um grande número de pessoas deixa os locais de origem para empreender a arriscada viagem da esperança com uma bagagem cheia de desejos e medos, à procura de condições de vida mais humanas. Não raro, porém, estes movimentos migratórios suscitam desconfiança e hostilidade, inclusive nas comunidades eclesiais, mesmo antes de se conhecer as histórias de vida, de perseguição ou de miséria das pessoas envolvidas. Neste caso, as suspeitas e preconceitos estão em contraste com o mandamento bíblico de acolher, com respeito e solidariedade, o estrangeiro necessitado.

Por um lado, no sacrário da consciência, adverte-se o apelo a tocar a miséria humana e pôr em prática o mandamento do amor que Jesus nos deixou, quando Se identificou com o estrangeiro, com quem sofre, com todas as vítimas inocentes da violência e exploração. Mas, por outro, devido à fraqueza da nossa natureza, «sentimos a tentação de ser cristãos, mantendo uma prudente distância das chagas do Senhor» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 270).

A coragem da fé, da esperança e da caridade permite reduzir as distâncias que nos separam dos dramas humanos. Jesus Cristo está sempre à espera de ser reconhecido nos migrantes e refugiados, nos deslocados e exilados e, assim mesmo, chama-nos a partilhar os recursos e por vezes a renunciar a qualquer coisa do nosso bem-estar adquirido. Assim no-lo recordava o Papa Paulo VI, ao dizer que «os mais favorecidos devem renunciar a alguns dos seus direitos, para poderem colocar, com mais liberalidade, os seus bens ao serviço dos outros» [Carta ap. Octogesima adveniens (14 de Maio de 1971), 23].

Aliás, o carácter multicultural das sociedades de hoje encoraja a Igreja a assumir novos compromissos de solidariedade, comunhão e evangelização. Na realidade, os movimentos migratórios solicitam que se aprofundem e reforcem os valores necessários para assegurar a convivência harmoniosa entre pessoas e culturas. Para isso, não é suficiente a mera tolerância, que abre caminho ao respeito das diversidades e inicia percursos de partilha entre pessoas de diferentes origens e culturas. Aqui se insere a vocação da Igreja a superar as fronteiras e favorecer «a passagem de uma atitude de defesa e de medo, de desinteresse ou de marginalização (...) para uma atitude que tem por base a “cultura de encontro”, a única capaz de construir um mundo mais justo e fraterno» (Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado - 2014).

Mas os movimentos migratórios assumiram tais proporções que só uma colaboração sistemática e concreta, envolvendo os Estados e as Organizações Internacionais, poderá ser capaz de os regular e gerir de forma eficaz. Na verdade, as migrações interpelam a todos, não só por causa da magnitude do fenómeno, mas também «pelas problemáticas sociais, económicas, políticas, culturais e religiosas que levantam, pelos desafios dramáticos que colocam à comunidade nacional e internacional» [Bento XVI, Carta enc. Caritas in veritate (29 de Junho de 2009), 62].

Na agenda internacional, constam frequentes debates sobre a oportunidade, os métodos e os regulamentos para lidar com o fenómeno das migrações. Existem organismos e instituições a nível internacional, nacional e local, que põem o seu trabalho e as suas energias ao serviço de quantos procuram, com a emigração, uma vida melhor. Apesar dos seus esforços generosos e louváveis, é necessária uma acção mais incisiva e eficaz, que lance mão de uma rede universal de colaboração, baseada na tutela da dignidade e centralidade de toda a pessoa humana. Assim será mais incisiva a luta contra o tráfico vergonhoso e criminal de seres humanos, contra a violação dos direitos fundamentais, contra todas as formas de violência, opressão e redução à escravidão. Entretanto trabalhar em conjunto exige reciprocidade e sinergia, com disponibilidade e confiança, sabendo que «nenhum país pode enfrentar sozinho as dificuldades associadas a este fenómeno, que, sendo tão amplo, já afecta todos os continentes com o seu duplo movimento de imigração e emigração» (Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado - 2014).

À globalização do fenómeno migratório é preciso responder com a globalização da caridade e da cooperação, a fim de se humanizar as condições dos migrantes. Ao mesmo tempo, é preciso intensificar os esforços para criar as condições aptas a garantirem uma progressiva diminuição das razões que impelem populações inteiras a deixar a sua terra natal devido a guerras e carestias, sucedendo muitas vezes que uma é causa da outra.

À solidariedade para com os migrantes e os refugiados há que unir a coragem e a criatividade necessárias para desenvolver, a nível mundial, uma ordem económico-financeira mais justa e equitativa, juntamente com um maior empenho a favor da paz, condição indispensável de todo o verdadeiro progresso.

Queridos migrantes e refugiados! Vós ocupais um lugar especial no coração da Igreja e sois uma ajuda para alargar as dimensões do seu coração a fim de manifestar a sua maternidade para com a família humana inteira. Não percais a vossa confiança e a vossa esperança! Pensemos na Sagrada Família exilada no Egipto: como no coração materno da Virgem Maria e no coração solícito de São José se manteve a confiança de que Deus nunca nos abandona, também em vós não falte a mesma confiança no Senhor. Confio-vos à sua protecção e de coração concedo a todos a Bênção Apostólica.

Vaticano, 3 de Setembro de 2014.

FRANCISCO


quarta-feira, 17 de junho de 2015

Sagrado Coração de Jesus, Redentor nosso.


Jesus é o nosso libertador, o Redentor de toda a humanidade, que abre caminho para a Liberdade Gloriosa dos filhos de Deus (ver Rm 8,21). Jesus é nosso Salvador, como experimentou Simão Pedro, que, ao se sentir ameaçado pelas águas bravias do Mar da Galileia, gritou "Salva-me!", e foi salvo pela Mão poderosa do Senhor de todas as tempestades, a cuja voz serena se dobram ventos e ondas (ver Mt 14,30). Por isso mesmo, São Paulo proclama nossa Fé de que Jesus é "o grande de Deus e Salvador nosso" (ver Tt 2,13). Devemos rezar: "Jesus, Redentor nosso, tende piedade de nós! Jesus, Salvador nosso, tende piedade de nós!". No entanto, podemos e devemos também rezar: "Jesus, Criador do mundo, tende piedade de nós!". Jesus, Filho de Maria Virgem,  é de "condição divina" e assumiu "a condição humana, a condição de escravo", dando a sua vida na Cruz, de tal modo que a Seu Nome "se dobram todos os joelhos no céu , na terra, e abaixo da terra" (ver Fl 2,5-11). Ele é o Verbo eterno do Pai, a Palavra Ativa e Criadora, da qual declara São João no quarto Evangelho: "Tudo foi feito por Ele, e sem Ele nada se fez de tudo o que foi criado". Jesus é nosso Criador, Salvador e Redentor!

"Que toda língua proclame, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é o Senhor!"
(Fl 2,11).

Fonte: Revista Mensageiro do Coração de Jesus

domingo, 14 de junho de 2015

14 de junho - Dia Mundial do Dador de Sangue

Desde 2004, comemora-se em 14 de junho o Dia Mundial do Doador de Sangue. O dia foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na data do nascimento de Karl Landsteiner, imunologista austríaco responsável por descobrir o fator Rh e identificar diferenças existentes entre os diversos tipos sanguíneos humanos.

A celebração do Dia Mundial do Doador tem como objetivo aumentar a consciência da população que a doação de sangue seja altruísta e que haja doadores regulares para garantir a provisão de sangue àqueles que precisam de transfusões, e agradecer a todos os dadores, assim como reconhecer a sua importância e contributo em salvar vidas e em melhorar a saúde e qualidade de vida de muitos doentes.

Requisitos básicos para quem deseja ser doador
                » Estar em boas condições de saúde.
                » Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos 
(menores de 18 anos, clique para ver documentos necessários e formulário de autorização).
                » Pesar no mínimo 50kg.
                » Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas).
                » Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação).
                » Apresentar documento original com foto emitido por órgão oficial
                 (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social).

Doar sangue é um gesto de caridade, assim como nossa Igreja nos pede. Este ato é uma das formas em que nós nos comprometemos em transmitir esperança e o amor de Deus às nossas irmãs e irmãos. 

Ser doador (a) é doar um pouco de nossa vida a quem necessita viver.

Seja uma pessoa caridosa, vamos celebrar o dom da Vida, doando sangue!
Mais informações:  www.prosangue.sp.gov.br

Texto com adaptações

Reflexão do Evangelho - Mc 4,26-34

O Reino de Deus é como a menor das sementes


No trecho do evangelho de hoje, temos duas pequenas parábolas por meio das quais Jesus nos esclarece sobre o Reino de Deus.

Na parábola da semente que cresce sozinha, Jesus mostra que o Reino tem uma força intrínseca, independente da ação humana. Isso Já tinha sido entrevisto no Antigo testamento, após o fracasso da monarquia. Desde então, o Reino de Deus passou a ser entendido como um reino futuro do final dos tempos, como uma ação escatológica própria de Deus e independente da ação humana. O Novo Testamento afirma que esse Reino tem inicio com Jesus e não se restringe ao aspecto geográfico; ao contrário, é formado por todos os que aceitam Jesus como Senhor, Caminho, Verdade e Vida.

Exceto pelo fato de ter sido semeada pelo agricultor, a semente cresce  e se desenvolve sem a intervenção humana: "Pois por si mesma a terra frutifica primeiramente a erva, depois  a espiga, depois o trigo pleno na espiga" (v28). Assim é o Reino de Deus na história, que, com base em acontecimentos aparentemente insignificantes aos olhos do mundo inteiro provoca significativas transformações irrevogáveis. 

Na segunda parábola, afirma-se que o Reino, aparentemente insignificante nos tempos de Jesus, se estenderá pelo mundo inteiro. Trata-se de uma parábola sobre o crescimento do Reino. No primeiro momento, Jesus nos apresenta o Reino como algo que começa pequenino, semelhante  a uma semente minúscula, e se desenvolve como um vegetal na época da colheita. Em um segundo momento, o Reino nos é apresentado como algo que atrai as pessoas, à semelhança de pássaros que surgem em bandos, procurando abrigo.

Há, na parábola, um contraste entre a insignificância aparente do ministério de Jesus e o desenvolvimento do Reino de Deus a partir desse ministério. O mesmo se pode concluir da atuação dos cristãos na história. Essa parábola ilustra a presença do Reino na história e a expectativa que devemos ter da plena  revelação do Reino no futuro. 

Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
(Graduada em Filosofia pela Universidade
Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade
Jesuíta de Filosia e Teologia (Faje - BH), onde
também cursou mestrado e doutorado em Teologia
Bíblica e lecionou por aluns anos.
Atualmente leciona na Faculdade Católica de Fortaleza.
É autora do livro: "Eis que faço nova todas as coisas" -
teologia apocalíptica -Paulinas)
vidapastoral.com.br/roteiros/

sábado, 13 de junho de 2015

13 de Junho - Dia de Santo Antônio, doutor da Igreja

Santo António (português europeu) ou Antônio (português brasileiro) de Lisboa, também conhecido como Santo António de Pádua, OFM, é reverenciado pelos povos de língua portuguesa quase apenas como Santo António de Lisboa. É mais conhecido em outros países como Santo António de Pádua, por ter vivido e falecido nessa cidade italiana porque, regra geral, os santos católicos são conhecidos pelo nome da cidade onde falecem, onde geralmente permanecem as suas relíquias, e não onde nascem, como é o caso.

Santo Antônio de Pádua é tão conhecido por seu nome de ordenação que chamá-lo pelo nome que recebeu no batismo parece estranho: Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo. Além disso, ele era português: nasceu em 1195, em Lisboa. De família muito rica e da nobreza, ingressou muito jovem na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Fez seus estudos filosóficos e teológicos em Coimbra e foi lá também que se ordenou sacerdote. Nesse tempo, ainda estava vivo Francisco de Assis, e os primeiros frades dirigidos por ele chegavam a Portugal, instalando ali um mosteiro.

Os franciscanos eram conhecidos por percorrer caminhos e estradas, de povoado em povoado, de cidade em cidade, vestidos com seus hábitos simples e vivendo em total pobreza. Esse trabalho já produzia mártires. No Marrocos, por exemplo, vários deles perderam a vida por causa da fé e seus corpos foram levados para Portugal, fato que impressionou muito o jovem Fernando. Empolgado com o estilo de vida e de trabalho dos franciscanos, que, diversamente dos outros frades, não viviam como eremitas, mas saiam pelo mundo pregando e evangelizando, resolveu também ir pregar no Marrocos. Entrou para a Ordem, vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de Antônio.

Entretanto seu destino não parecia ser o Marrocos. Mal chegou ao país, contraiu uma doença que o obrigou a voltar para Portugal. Aconteceu, porém, que o navio em que viajava foi envolvido por um tremendo vendaval, que empurrou a nave em direção à Itália. Antônio desembarcou na ilha da Sicília e de lá rumou para Assis, a fim de encontrar-se com seu inspirador e fundador da Ordem, Francisco. Com pouco tempo de convivência, transmitiu tanta segurança a ele que foi designado para lecionar teologia aos frades de Bolonha.

Com apenas vinte e seis anos de idade, foi eleito provincial dos franciscanos do norte da Itália. Antônio aceitou o cargo, mas não ficou nele por muito tempo. Seu desejo era pregar, e rumou pelos caminhos da Itália setentrional, praticando a caridade, catequizando o povo simples, dando assistência espiritual aos enfermos e excluídos e até mesmo organizando socialmente essas comunidades. Pregava contra as novas formas de corrupção nascidas do luxo e da avareza dos ricos e poderosos das cidades, onde se disseminaram filosofias heréticas. Ele viajou por muitas regiões da Itália e, por três anos, andou pelo Sul da França, principal foco dessas heresias.
TicianoO milagre da cura do pé amputado,
 1511, Scuola del Santo, Pádua

Continuou vivendo para a pregação da palavra de Cristo até morrer, em 13 de junho de 1231, nas cercanias de Pádua, na Itália, com apenas trinta e seis anos de idade. Ali, foi sepultado numa magnífica basílica romana. Sua popularidade era tamanha que imediatamente seu sepulcro tornou-se meta de peregrinações que duram até nossos dias. São milhares os relatos de milagres e graças alcançadas rogando seu nome. Ele foi canonizado no ano seguinte ao de sua morte pelo papa Gregório IX.

Na Itália e no Brasil, por exemplo, ele é venerado por ajudar a arranjar casamentos e encontrar coisas perdidas. Há também uma forma de caridade denominada "Pão de Santo Antonio", que copia as atitudes do santo em favor dos pobres e famintos. No Brasil, ele é comemorado numa das festas mais alegres e populares, estando entre as três maiores das chamadas festas juninas. No ano de 1946, foi proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

12 de Junho - Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil

O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil é uma data comemorativa criada pela Organização Internacional do Trabalho em 2002. No dia 12 de junho diferentes entidades tentam alertar a sociedade em geral para a realidade do trabalho infantil que continua acontecendo não só no Brasil, mas em vários outros países do mundo.

Centenas de milhões de crianças estão nesse exato momento trabalhando, e não estão usufruindo de seus direitos à educação, saúde e lazer. No Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil se relembra que esses direitos estão sendo negligenciados em muitos países.

No Brasil, o 12 de junho foi instituído como Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil pela Lei Nº 11.542/2007. As mobilizações e campanhas anuais são coordenadas pelo Fórum Nacional em parceria com os Fóruns Estaduais de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e suas entidades membros.

Os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de Setembro de 2013, mostraram que ainda persistem na condição de explorados 168 milhões de crianças em todo o mundo – 11% de toda a população infanto-juvenil, estimando-se que a metade deles, que corresponde a 85 milhões, nas piores formas de trabalho infantil. Numa análise comparativa entre os dados da última década, houve uma redução de 78 milhões de crianças trabalhadoras em relação ao ano de 2000 - uma diminuição de cerca de um terço do número total. Entre 2000-2012, há 40% menos meninas trabalhando e 25% menos meninos. Na faixa etária de 5 a 17 anos em situação de trabalho perigoso, o número foi reduzido à metade no mesmo período: de 171 para 85 milhões. 

Nesse 12 de junho de 2015, a campanha tem como tema “Não ao Trabalho Infantil e Sim à Educação de Qualidade” e como símbolo o cata-vento. O cata-vento de cinco pontas coloridas (azul, vermelha, verde, amarela e laranja) é o ícone da luta contra o trabalho infantil no Brasil e no mundo. Este símbolo tem um sentido lúdico e expressa a alegria que deve estar presente na vida das crianças e adolescentes. Representa ainda movimento, sinergia e a realização de ações permanentes para a prevenção e a erradicação do trabalho infantil.

Texto com Adaptações.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Irmã Sirley participa de Simpósio Vocacional

No último dia 04 de junho aconteceu o Simpósio Vocacional, organizado pelo Instituto de Pastoral Vocacional (IPV), em Curitiba - Paraná, na casa de Acolhida das Irmãs da Divina Providência, com cerca de 100 participantes, e entre eles estava Irmã Sirley da Silva, promotora vocacional da Congregação das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor. Ela nos conta como foi a temática  do Simpósio.

"Com o tema O Alvorecer do Chamado e da Resposta, iniciamos Celebrando a Eucaristia e seguimos para o jantar. O Presidente do IPV fez a abertura do Simpósio dizendo que o objetivo do mesmo era troca de experiência, construção coletiva de conteúdos e reflexões. Após esta fala, teve uma dinâmica de apresentação, entrosamento, divisão e organização das equipes de trabalho. 

Nos dia 05 e 06 (sexta feira e sábado), iniciamos com a oração da manhã na capela, que por sinal é muito linda, e após fomos para um maravilhoso café da manhã ao estilo Paranaense. As atividades foram iniciadas pelo assessor Pe. Rafael da Congregação Xaveriano, que durante toda a manhã trabalhou o tema central do encontro. 

As 14 da tarde, foi o momento dos trabalhos por grupos, com perguntas orientavas, e nestes, tínhamos a liberdade de partilhar experiências e construir nosso conteúdo dentro Simpósio. Na noite de sexta, tivemos uma linda festa junina com todos os quitutes típicos. Já na noite do sábado, tivemos o "vocacine": ou seja o "cinema vocacional", onde assistimos o filme Os Divergentes, um lindo filme, que abordava o nosso tema e nossa missão enquanto acompanhantes, orientadores e orientadoras vocacionais.  

Por fim, no dia 07 (domingo), fomos convocadas e convocados a fazer memoria e ressonâncias sobre o filme, o que foi muito positivo. Depois seguimos com o assessor desenvolvendo a síntese do tema e avaliação.  Concluímos o encontro no domingo com a celebração da Eucaristia as 11 horas da manhã.

Foi um momento de preparação e capacitação, onde eu trouxe na bagagem muitas experiências e também mais consciência dos grandes desafios da Pastoral Vocacional de modo amplo. Este curso foi muito importante pra mim, pois foi uma reciclagem e convido outras irmãs a participarem deste curso, pois ele vai além do acompanhante vocacional, nos ajudando a ressignificar nossa própria vocação."

Ato de Consagração ao Sagrado Coração

O Santo Padre Leão XIII consagrou o gênero humano ao Coração de Jesus, em 11 de junho de 1899. Sua fórmula foi  modificadas pelo Papa Pio XI, em 17 de outubro de 1928. A pedido de algumas pessoas da Legião de Honra, apresento uma adaptação, para uso particular.
R. Paiva, SJ (6 de novembro de 2007)


Amado Coração de Jesus, Coração Redentor da nossa humanidade, olhai para nós, que somos e queremos ser entregues a vós. Queremos estar lealmente unidos a vós cada dia de nossa vida. Nós nos consagramos livremente ao vosso Sagrado Coração.

Pedimos, nesta hora, que façais sentir vossa misericórdia e ternura aos que não vos conhecem ainda e aos que não acolhem os mandamentos do Pai, o Evangelho e a Igreja. De modo especial, nós vos entregamos os filhos afastados e os irmão separados. Pedimos pela união dos cristãos, pelo diálogo entre os fiéis  de várias religiões e pelos que não têm religião ou se consideram ateus. Imploramos a volta dos católicos que deixam de frequentar os sacramentos e atuar na missão comum.

Colocamos em vosso Coração todos os povos do mundo, suplicando a superação da miséria, o progresso material e espiritual de todos, e que a busca da paz supere as discórdias. Confiamos ao vosso Coração que cessem ódios, violência e guerras e todos possamos caminhar juntos para a vosso Monte Santo, conforme as vossas promessas.

Concedei liberdade, ânimo e inspiração à tarefa evangelizadora da vossa Santa Igreja, para que se façam discípulos em todas as nações e haja um só rebanho convosco, o Bom Pastor. Concedei a cada fiel católico e a todos os nossos irmãos e irmãs corações sedentos de verdadeira santidade.

Que do nascer aos pôr do sol ressoe uma só voz: Bendito seja o divino Coração que nos deu toda paz e salvação! A Ele glória e louvor por todo o sempre! Amém!
Aleluia!

Texto com Adaptações.
Revista Mensageiro do Coração de Jesus - Abril 2008

terça-feira, 9 de junho de 2015

09 de Junho - Dia de São José de Anchieta

jesuitasbrasil.com
José de Anchieta nasceu em 19 de março de 1534 na Espanha. Ingressou na Companhia de Jesus, fundada por seu primo Santo Inácio de Loyola em 1 de Maio de 1551 como noviço. 

No ano de 1553, o padre Manuel da Nóbrega, Provincial dos Jesuítas no Brasil, precisava de reforço para a evangelização no País, e o Provincial da Ordem, Simão Rodrigues, indicou José de Anchieta, entre outros Jesuítas, e aos 19 anos, Anchieta iniciou sua vida missionária no Brasil. Ao longo dos anos, percorreu o litoral de Cananeia, no sul de São Paulo, até o Recife, no Pernambuco, para acompanhar as várias missões que os jesuítas tinham no Brasil. 

O jovem jesuíta durante sua trajetória, deu atenção especial aos pobres e doentes, aos grupos indígenas ameaçados pelos colonizadores e pelos primeiros brasileiros, e aos negros escravizados. Foi criador do Colégio de Piratininga, inaugurado em 25 de janeiro de 1554 e que deu origem à cidade de São Paulo. Fundou e construiu povoados, colégios e igrejas. Também lutou contra invasores franceses no Espírito Santo e fundou e dirigiu o Colégio dos Jesuítas em Vitória.

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José de Anchieta morreu na aldeia de Reritiba, atual município que leva seu nome, em 9 de junho de 1597 e seu corpo foi transportado pelos índios até a Catedral de Vitória, onde foi sepultado. Enquanto era transportado, o corpo caiu no chão e os índios bradaram “Aba ubu”, que significa “O padre caiu”. O local da queda é o atual balneário de Ubu, pertencente ao município de Anchieta. Em 1611 os seus restos mortais foram transladados. Uma parte foi levada para o Colégio São Thiago, que dirigiu em Vitória, hoje Palácio Anchieta, sede do Governo do Espírito Santo, e outra enviada para Roma.

O Padre Anchieta foi beatificado pelo papa João Paulo II, em Roma, em 22 de junho de 1980. O processo durou 417 anos e foi um dos mais longos da História. No dia 3 de abril de 2014, papa Francisco o proclama por meio de um decreto como santo.

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Em agradecimento ao Sumo Pontífice, o Bispo de Tenerife (Espanha), cidade natal do santo jesuíta, Dom Bernardo Álvarez, recordou que a canonização não é baseada em um milagre recente do beato, e que o decreto assinado pelo Santo Padre “reconhece as virtudes heroicas e a trajetória apostólica, missionária e humanizadora do Padre José de Anchieta”.

Popularizado como o Apóstolo do Brasil, Anchieta foi um missionário incomparável, fundador de cidades, gramático, poeta, historiador e teatrólogo. O apostolado não o impediu de cultivar as letras, pelo contrário, o incentivou a compor belíssimos textos, o que fez em quatro línguas: português, castelhano, latim e tupi, em prosa e verso.

O Arcebispo de Vitória, Dom Luiz Mancilha, afirma que o São José de Anchieta teve grande influência na formação religiosa do Estado e do Brasil: “Ele foi um grande catequista, um grande missionário, grande professor, grande místico, um homem de Deus!”. 

Texto com adaptações.
                                                                                                       Fontes:

segunda-feira, 8 de junho de 2015

É possível ser Santo?

Há tanta coisa que anda desencontrada neste nosso planeta, que retorna à tona uma antiga corrente de pensamento e modo de viver, reafirmando o pessimismo sobre a "inviável condição humana".
São as coisas desencontradas, pesadamente malvadas, que também jogam o foco sobre outro modo de tentar entender a vida e suas contradições: tudo é obra do maligno. O diabo estaria solto nesse mundo. Será? Pode até ser; mas não me parece essa uma boa leitura da realidade. E menos ainda vale dividir o mundo em gente do bem, gente do mal. Até porque as linhas que separam bem/mal serpenteiam no interior de nosso coração, de nossa mente, de nossos desejos. Ou não?!

Acredito que podemos adotar um outro ponto-de-vista, coerente com nossa espiritualidade redentorista. É a vista a partir da compreensão de Deus, criador e Pai. 
Retome a leitura  (bem lida!) do poema da criação, livro do Gênesis. E escute a mensagem ali contida sobre DEUS...

Há um poeta (Hölderim) que escreveu: Deus fez o mundo como o mar faz a praia: retirando-se. E não é que o poema diz: e no sétimo dia, descansou. E aí? Quem dá continuidade ao gesto criador de Deus, quem está no princípio das coisas, como Deus, é o ser humano. Somos nós. Fomos criados criadores. Por isso, a cada época da história, em cada cultura, geramos um mundo humano perfeitamente imperfeito. Nossa história humana é, pois, constante transformação; não  cedemos ao jogo da morte. Somos da vida! Deus criou a criação e deu ao sujeito humano o poder de nomear a realidade. O que exige que o mundo da cultura seja inventado por nós. Aí emergimos como criadores, continuando a obra divina da criação. Cumprimos, desta feita, nosso trabalho de criaturas: criar, fazer, suscitar. é trabalhoso, vem com suor e lágrimas; é alegria de viver, ao mesmo tempo. Nos enche de brio. Essa realidade é por demais evidente neste nosso mundo de tecnologia avançada (quanta maravilha!) e as ciências evoluindo sem parar. Obra do sujeito humano.

Essa liberdade inventiva do ser pessoa não compromete  nem tira coisa alguma da "criação divina". Somos apenas  "ensaiadores da criação". E nos perdemos no orgulho e na pretensão de sermos donos. Não o somos!

Mas... dá para a gente ser santo? Dá sim. Sobretudo quando se trata de sermos criatura e criadores de nossas relações. É só termos em nós mesmos sentimentos de Jesus, é só aprendermos a ser como Ele, filhos e filhas do Pai celeste, o Criador do céu e da terra. É só descobrimos por onde passa o sonho do Pai sobre nossa história humana, sobre nossas histórias pessoais de vida. É o que chamamos de fazer a vontade de Deus, vontade do Pai do céu. 

As relações humanas e suas correspondentes instituições... são construções do sujeito humano, são invenções criativas nossas, a organização do trabalho, a indústria, os sistemas políticos, o modelo escolar, a forma de ser família. Por que são construções nossas é bom desconfiar um pouquinho só dessa questão de "carma", "destino", "fatalidade", "almas gêmeas" etc. etc.

O amor imenso de Deus por nós e sua liberdade criadora vão a ponto de nos confiar a nós mesmos! Então, sabendo disso (e gostando!) podemos, sim, construir relações de novas criaturas, redimidas por Jesus Cristo e agraciados com seu santo Espirito.

O engano nosso é querer e sonhar com coisas prontas. Há que pelejar, correr atrás, empenhar-se. A santidade, tornam divinas  nossas coisas humanas, começa pela construção de nós mesmos como pessoas. À luz  do amor redentor de Jesus por nós e no fogo transformador  de seu santo Espírito a nós dado  podemos construir nosso modo humano de ser que seja santo.

Somos criaturas. Fomos criados à imagem de Deus, quer dizer: criados para sermos com ele criadores, continuadores de sua obra. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus.
A semelhança é  tarefa nossa construí-la; para isso fomos batizados. Nossa semelhança com Deus e Pai é coisa de construção nossa. Essa é nossa tarefa, nossa santidade. Sermos semelhantes a Deus, como diz Paulo apostolo: somo da raça do próprio Deus. Atos 17,28,29.

Neste mês onde celebramos a vida de São José de Anchieta, São João, São Pedro e São Paulo, vai aí o desafio de vivermos como ressuscitados, como nova criatura. (Releia Rom 6 e 8).


Pe. Dalton - C.Ss.R. (Redentorista)
Texto extraído da revista Akikolá com adaptações


domingo, 7 de junho de 2015

Reflexão do Evangelho - Mc 3,20-35

Tudo vos será perdoado

Cristo, com sua fidelidade ao Pai até a morte de cruz, realizou aquilo que foi o oposto da desobediência humana simbolizada pelo pecado de Adão e Eva. A intervenção de Cristo na história instaura a partir de então o Reino definitivo. Os exorcismos de Jesus são a prova de que o Reino de Deus chegou e de que o mal é obrigado a ceder espaço à verdadeira soberania deste mundo, o senhorio de Cristo.

Nos esportes de luta corporal, ficamos cientes de que o lutador mais forte, seja pela força física, seja pelas estratégias mais elaboradas, é que vem vence o amir fraco. A luta de Jesus conta o mal é explicada com metáforas esportivas  ou bélicas. Jesus é o mais forte, ele veio em socorro da nossa fraqueza no embate cotidiano contra todas as manifestações do mal. Cabe a nós aderir a esse nosso campeão e saborear essa vitória que também é nossa, pois Jesus nos representa. 

É nesse tipo de simbolismo que podemos entender o pecado sem perdão, o qual nada mais é que atribuir ao mal aquilo que é ação redentora do Espirito Santo em Jesus. É  sem perdão porque Deus respeita nosso livre-arbítrio e, portanto, não pode nos perdoar quando o nosso orgulho atribui ao mal a ação libertadora de Jesus. É sem perdão não por causa de Deus, que a todos perdoa, mas por causa de quem se exclui voluntariamente do perdão e da salvação.
Somente o Pai que conhece as profundezas dos corações sabe quem assim procede, não nos cabe julgar ninguém. Portanto, devemos focalizar nossa atenção na palavra de Jesus, segundo o qual o Pai está disposto a perdoar todo pecado. Lembremos que Jesus pediu perdão ao Pai por aqueles que o torturam e o mataram. 

Se os algozes de Jesus se abriram ao perdão, foram perdoados , porque Deus tudo perdoa. De outra parte, não esqueçamos  que todos os que abraçam a vontade do Pai e a cumprem perfeitamente, seguindo o exemplo do Filho, estão unidos a Jesus com fortes vínculos, comparados aos mais estreitos laços afetivos familiares. Dessa união com Cristo, na única vontade do Pai, é que os cristãos tiram a força para vencer o mal.

Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
(Graduada em Filosofia pela Universidade
Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade
Jesuíta de Filosia e Teologia (Faje - BH), onde
também cursou mestrado e doutorado em Teologia
Bíblica e lecionou por aluns anos.
Atualmente leciona na Faculdade Católica de Fortaleza.
É autora do livro: "Eis que faço nova todas as coisas" -
teologia apocalíptica -Paulinas)
vidapastoral.com.br/roteiros/

sábado, 6 de junho de 2015

Junho: Mês do Sagrado Coração de Jesus

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

A Igreja celebra a Festa do Sagrado Coração de Jesus na sexta feira da semana seguinte à Festa de Corpus Christi. O coração é mostrado na Escritura como símbolo do amor de Deus. No Calvário o soldado abriu o lado de Cristo com a lança (Jo 19,34). Diz a Liturgia que “aberto o seu Coração divino, foi derramado sobre nós torrentes de graças e de misericórdia”. Jesus é a Encarnação viva do Amor de Deus, e seu Coração é o símbolo desse Amor. 

Este sagrado Coração é a imagem do amor de Jesus por cada um de nós. É o convite a que cada cristão Católico retribua a Jesus este amor, vivendo segundo a Sua vontade e trabalhando com a Igreja pela salvação das almas. Muitos Santos veneraram o Coração de Jesus. Santo Agostinho disse: “Vosso Coração, Jesus, foi ferido, para que na ferida visível contemplássemos a ferida invisível de vosso grande amor”. São João Eudes, grande propagador desta devoção no século XVII, escreveu o primeiro ofício litúrgico em honra do Coração de Jesus, cuja festa se celebrou pela primeira vez na França, em 20 de outubro de 1672. 

Jesus revelou o desejo da Festa ao seu Sagrado Coração à religiosa Santa Margarida Maria Alacoque, na França, mostrando-lhe o “Coração que tanto amou os homens e é por parte de muitos desprezado”. S. Margarida teve como diretor espiritual o padre jesuíta S. Cláudio de la Colombière, canonizado por João Paulo II, e que se incumbiu de propagar a grande Festa. 

A Igreja instituiu a solenidade do Sagrado Coração de Jesus que é celebrada na sexta-feira seguinte ao segundo domingo depois de Pentecostes, encerrando um conjunto de grandes Festas (Páscoa, Ascensão, Pentecostes, Santíssima Trindade, Corpus Christi).

Há diversas formas de devoção ao Coração de Jesus. Entre elas: a consagração pessoal, que, segundo Pio XI, "entre todas as práticas do culto ao Sagrado Coração é sem dúvida a principal"; e também, a consagração da família.

Dos colóquios de Santa Margarida com Jesus, distinguem-se 12 promessas. São elas:

  • A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  • Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado. 
  • Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias. 
  • Eu os consolarei em todas as suas aflições. 
  • Serei seu refúgio seguro na vida e, principalmente, na hora da morte. 
  • Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos. 
  • Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias. 
  • As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção. 
  • As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição. 
  • Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos. 
  • As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração. 
  • A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna. 

Texto com Adaptações