domingo, 31 de maio de 2015

Refletindo o Evangelho - Mt 28,16,20

Batizai em nome do Pai, 
do Filho e do Espírito Santo
Evangelho: Mt 28,16,20



O Deus que se revela no Novo Testamento não é diferente daquele que caminhou com o povo de Israel. Trata-se do mesmo Deus justo e misericordioso desde toda a eternidade. Contudo, a revelação desse Deus que é comunidade de amor pertence apenas no Novo Testamento, pois, com a vinda de Cristo, Deus se revelou ao ser humano no mistério de sua vida íntima e entrou doravante em relação com a humanidade não apenas como Deus único, Senhor e criador, mas também como comunidade de amor. Deus é Pai que nos ama como filhos em seu Filho único e na comunhão do Espírito Santo.

Além disso, o privilégio da filiação não está reservado a um só povo, mas estendeu-se a todo aquele que aceitar a mensagem de Jesus. Com efeito, antes da ascensão, Cristo havia dado aos discípulos o mandamento de evangelizar todas as nações e batizá-las “em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo” (v.19).

Cada ser humano entra em relação com essa Comunidade Divina de amor mediante o batismo, mergulho na vida, morte e ressurreição de Cristo. Por esse mergulho renasce a vida nova e cada um torna-se incorporado a Cristo. Sendo membro de Cristo, tona-se filho no Filho, participante da família divina. É tempo do Espírito Santo, que infunde no cristão o espírito de adoção. Perante Deus, o cristão é um filho introduzido na intimidade da vida trinitária, a fim de que viva na história o reflexo daquela comunhão existe entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. 

Eis, a missão dos discípulos de Jesus: efetivar neste mundo o Reino de fraternidade universal, fazendo acontecer a grande família humana, a exemplo da família divina, da qual somos imagem e semelhança.

Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
(Graduada em Filosofia pela Universidade
Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade
Jesuíta de Filosia e Teologia (Faje - BH), onde
também cursou mestrado e doutorado em Teologia
Bíblica e lecionou por aluns anos.
Atualmente leciona na Faculdade Católica de Fortaleza.
É autora do livro: "Eis que faço nova todas as coisas" -
teologia apocalíptica -Paulinas)
vidapastoral.com.br/roteiros/

quinta-feira, 28 de maio de 2015

28 de maio -Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna

O dia 28 de maio foi instituído como o Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher no IV Encontro Internacional da Mulher e Saúde (1984, Holanda). Na oportunidade, a realização do Tribunal Internacional de Denúncia e Violação dos Direitos Reprodutivos revelou que a questão da mortalidade materna era um grave problema de saúde pública em quase todo o mundo. 

Na região latino-americana e caribenha, a data de 28 de maio foi referendada como dia de luta contra a mortalidade materna no V Encontro Internacional Mulher e Saúde (1987, São José da Costa Rica). O dia 28 de maio passou a ser um dia de mobilização para a formação de Campanhas contra a Mortalidade Materna (com temáticas diferentes a cada ano) e de Comitês de Prevenção da Mortalidade Materna, na estrutura dos governos.

No dia 28 de maio de 1988, com o objetivo de denunciar os altos índices de morbidade e mortalidade materna, principalmente nos países menos desenvolvidos,  a  Rede Mundial de Mulheres pelos Direitos Reprodutivos e a Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe deram início a Campanha Mundial pela Saúde da Mulher e de Combate à Morbimortalidade Materna.  

Segundo a OMS, entre 115 mil e 204 mil mulheres morrem anualmente em países pobres, devido a abortos mal feitos. O aborto inseguro é uma realidade na região, onde se estima que cerca de uma em cada 4 mortes maternas se deve a complicações do aborto. Em países onde o aborto é permitido por lei, as mulheres têm 275 vezes mais chances de sobreviver do que nas nações onde a prática é proibida.

Desde 1996, o Dia Internacional de Ação pela Saúde das Mulheres é pautado  pela defesa do pleno exercício dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos das mulheres. Essa data foi referendada também pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dia de ação pelos direitos sexuais e pelos direitos reprodutivos das mulheres. 

No Brasil, o Ministério da Saúde definiu o dia 28 de maio, como o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Em  2003, através da Portaria nº 652/GM do gestor federal, foi instituída a Comissão Nacional de Mortalidade Materna. Essa comissão é responsável por identificar problemas regionais e elaborar estratégias para solucioná-los. Em 2004, foi estabelecido o Pacto Nacional pela redução da morte materna e neonatal, do qual 25 estados brasileiros são signatários.

A despeito das ações tomadas pelo governo brasileiro, a real magnitude da mortalidade materna ainda é desconhecida.  O Ministério da Saúde estima que ocorram mais de 3.000 óbitos de gestantes e puérperas por ano. A razão entre a mortalidade materna e o número de bebês nascidos vivos ainda é alta, cerca de 66 mães morrem a cada 100.000 bebês. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera como elevados os índices acima de 20 óbitos maternos por 100 mil nascidos. 

Entre as causas dessa taxa elevada de mortalidade materna está o aborto ilegal, inseguro, feito sem as mínimas condições técnicas e de higiene. A despeito da interdição legal e da punição religiosa (para a religião católica, a penalidade é a excomunhão), a realização do aborto inseguro continua ocorrendo cotidianamente no país. 

O aborto clandestino é o quarto maior responsável por morte materna no Brasil. Estima-se que sejam realizados anualmente, cerca de 1,5 milhão de abortos ilegais no país, dos quais perto de 400 mil terminam em internação e um número grande, não estimado, em morte. As regiões Norte e Nordeste são as que apresentam os maiores índices.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

25 de maio - Dia da Africa


























Dia da África ou a Semana da África, celebrado no dia 25 de maio ou de 26 a 28 de maio, é um evento anual promovido pelas Delegações Africanas Permanentes perante a UNESCO, que visa a aumentar a visibilidade da África, destacando a diversidade de seu patrimônio cultural e artístico.

No Brasil, o Programa Brasil-África: Histórias Cruzadas celebra esse dia para promover o reconhecimento da importância da interseção da história e da cultura africana com a história e a cultura brasileira, buscando transformar as relações entre os diversos grupos étnico-raciais que formam o país.

Esta celebração é uma oportunidade para se organizar festividades culturais como, exposições artísticas, filmes, apresentações, exposições gastronômicas e noites de gala. É também uma ocasião para se organizar conferências e debates sobre várias questões importantes a respeito do continente africano e das influências desse continente na história e na cultura brasileira.

Fonte: Unesco

domingo, 24 de maio de 2015

Refletindo o Evangelho - Jo 20,19-23

Recebei o Espírito Santo
Evangelho: Jo 20,19-23

O texto do evangelho de hoje enfatiza desde o inicio o aspecto da comunhão: era o primeiro dia da semana, o dia do Senhor, e os discípulos estavam reunidos. As portas fechadas simbolizam o medo da hostilidade existente lá fora. São inícios de uma Igreja que vive a fragilidade e as dúvidas, que necessita da presença do Senhor. Mas Cristo ressuscitado está com eles, sua presença se faz visível e ele coloca-se no centro, no meio deles.

“A paz esteja convosco!” é o inicio do diálogo por iniciativa do Ressuscitado. Os discípulos têm medo, e isso os deixa desconfiados. Mas Jesus os conforta com sua palavra e presença sensível, é o verdadeiro mestre que eles haviam seguido, possui as chagas que são os sinais gloriosos de sua vida terrena. Quem faz a experiência com o Ressuscitado sabe que ele não é uma fantasia.

Os discípulos estão reunidos como Igreja, e o Cristo lhes oferece o perdão e lhes envia em missão. Antes de tudo, a Igreja é a comunidade que recebe o perdão de Cristo e o distribui ao mundo. Evangelho e perdão não estão separados, pois a “boa notícia” que a Igreja dá ao mundo é que em Jesus Cristo, o ser humano esta perdoado por Deus, pois, o Filho de Deus triunfou sobre a causa do pecado, a saber, o egoísmo.

A um mundo atormentado por injustiças, guerras e violências, Cristo oferece a Paz fundadora e criadora que combate a raiz do pecado. A uma comunidade fechada por causa do medo, o Cristo estende a graça da vida dele, tornada princípio da missão universal. Jesus é a paz para aqueles que o recebem e para todos. 

A Páscoa torna-se Pentecostes, pois o Ressuscitado sopra sobre seus discípulos dizendo: “Recebei o Espírito Santo”(v.22). Um gesto que alude a uma nova criação, uma vez que, no princípio, Deus havia soprado sobre o ser humano, tornando-o ser vivente (cf. Gn 2,7). Agora o gesto de Jesus nos indica que o Cristo pascal leva ao ápice a criação que fora começada.

O Evangelho de João une Páscoa e Pentecostes em um mesmo mistério: a manifestação pascal de Cristo se torna efusão do Espírito do Ressuscitado sobre a totalidade da Igreja. A páscoa significa que a morte de Jesus pela humanidade abre um caminho de amor e de transformação do mundo. E Pentecostes é o dom da Páscoa, é ter o mesmo Espírito de Jesus, é viver a luz do mesmo sopro vital que o animava.

Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
(Graduada em Filosofia pela Universidade
Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade
Jesuíta de Filosia e Teologia (Faje - BH), onde
também cursou mestrado e doutorado em Teologia
Bíblica e lecionou por aluns anos.
Atualmente leciona na Faculdade Católica de Fortaleza.
É autora do livro: "Eis que faço nova todas as coisas" -


teologia apocaliptica -Paulinas)

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Maria, a peregrina da fé

Quem foi Maria? Que Maria nos revele quem é ela, através da Palavra de Deus. Antes que Jesus fosse Caminho, ela mostrou o caminho. Maria não aparece muito nos textos bíblicos. Ela não nos fala nada sobre sua vida de oração. Reina um profundo silêncio. Entre todas as testemunhas do nascimento de Jesus (São José, Herodes , a família, os pastores e os amigos), Maria é a única testemunha que permaneceu junto de Jesus e que viveu  o caminho pascal. Maria é a peregrina da fé.

Nossa Senhora penetrou na profundidade do mistério do seu filho não pela imensidade das reflexões pessoais ou pela multiplicação de palavras, mas por uma constante "saída de si mesma" vivida na fé: "Feliz porque acreditaste: cumpra-se em Ti o que foi dito". Maria contempla assombrada as obras de Deus. Ela acreditou que estas se realizariam mesmo no impossível.
A contemplação de Maria é este silêncio que envolve sua vida tecida de dias vulgares, próprios de qualquer mulher que vive em um ligar pequeno de uma terra pobre, bastante à margem de grandes povoados e das estradas da grande história. Neste silêncio, ela acolhe a Palavra gerada pelo Pai que o Espírito lhe repete. 

Maria conheceu a procura angustiada do Filho perdido. Não compreendeu muita coisa, porém, Maria acolhia tudo no silêncio do seu coração, sobretudo quando permaneceu silenciosa aos pés da cruz de seu filho e Senhor. Maria estará presente no meio da primitiva  Comunidade que aguardava a vinda do Espírito Santo. Toda esta trajetória de Nossa Senhora está imersa no silêncio de sua oração contemplativa sobre a ação de Deus fundamentada na fé.

Como rezava a Santíssima Virgem? Como todas as mulheres de seu povo, sentava-se na Sinagoga na parte reservada às mulheres onde recitava e escutava salmos. Como nós, ela também orava com palavras que não compusera, mas as interiorizava no Espírito, apropriando-se delas, procurava vivência-las  e saboreá-las no silêncio do seu coração. Orar com Maria e como Maria orou é deixar-se cativar pela Palavra de Deus para nos converter também a nós em salmistas. "A palavra de Cristo habite entre vós abundantemente... cantando a Deus no vosso coração, e em ação de graças salmos, hinos e cânticos espirituais inspirados no Espírito" (Cl 3,16).

Como Filho da Virgem Maria, Jesus orou com sua Mãe; junto dela aprendeu as orações do seu povo. Há vestígios disso nos Evangelhos. "Depois de terem cantando os salmos saíram para ir..." (ver Mc 14,26).

Na cruz, o Senhor exprime seu grito de abandono através de um salmo. Aos pés da cruz, Maria compreendeu o mistério espantoso que encerravam aquelas apalavras do Filho: "Devo ocupar-me das coisas de meu Pai".

Aos pés da cruz, ela é a mulher forte, intrépida que dá vida ao novo povo dos que acreditavam. Maria viveu como orou: sua oração dos Salmos consistia em prestar atenção, em escutar e acolher no seu coração a Palavra de Deus e depois poder vivenciá-las.
Mãe de Deus, peregrina da fé e do silêncio, tu que, com os apóstolos, rezaste para receber o Espírito Santo, concede-nos descobrir o silêncio  que se abre aos dons de Cristo vivo, pata testemunhar sua nova forma de presença.
Ir. Tereza Cristina Potrick, ISJ
Revista Mensageiro do Coração de Jesus - outubro de 2013

segunda-feira, 18 de maio de 2015

18 de maio - Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

No dia 18 de maio, celebramos o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que tem como objetivo mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos sexuais de crianças e adolescentes. 

Desde então, entidades ligadas à defesa dos direitos das crianças e adolescentes promovem atividades em todo o país para conscientizar a sociedade e as autoridades sobre a gravidade da violência sexual. 
História.

Em 1973 um crime bárbaro chocou o Brasil. Seu desfecho escandaloso seria um símbolo de toda a violência que se comete contra as crianças.

Com apenas oito anos de idade, Araceli Cabrera Sanches foi sequestrada em 18 de maio de 1973. Ela foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba. O caso foi tomando espaço na mídia. Mesmo com o trágico aparecimento de seu corpo, desfigurado por ácido, em uma movimentada rua da cidade de Vitória (ES), poucos foram capazes de denunciar o acontecido. O silêncio da sociedade capixaba acabaria por decretar a impunidade dos criminosos.

Mobilização para a data

O dia 18 de maio foi instituído em 1998, quando cerca de 80 entidades públicas e privadas, reuniram-se na Bahia para o 1º Encontro do Ecpat no Brasil. O evento foi organizado pelo Centro de Defesa de Crianças e Adolescentes (CEDECA/BA), representante oficial do Ecpat, organização internacional que luta pelo fim da exploração sexual e comercial de crianças, pornografia e tráfico para fins sexuais, surgida na Tailândia. O encontro reuniu entidades de todo o país. Foi nessa oportunidade que surgiu a ideia de criação de um Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil.

De autoria da então deputada federal Rita Camata (PMDB/ES) - presidente da Frente Parlamentar pela Criança e Adolescente do Congresso Nacional -, o projeto foi sancionado em maio de 2000.

Desde então, a sociedade civil em Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes promovem atividades em todo o país para conscientizar a sociedade e as autoridades sobre a gravidade da violência sexual.

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes vem manter viva a memória nacional, reafirmando a responsabilidade da sociedade brasileira em garantir os direitos de todas as suas Aracelis.

Saiba mais em : http://facabonitocampanha.blogspot.com.br/ 
http://www.turminha.mpf.mp.br/

domingo, 17 de maio de 2015

Refletindo o Evangelho - Mc 16,15-20

Ide pelo mundo inteiro
Mc 16,15-20

O evangelho de hoje enfatiza o mandato missionário recebido por todo cristão. Primeiramente, oferece um resumo das experiências que os discípulos tiveram com o Ressuscitado, seguido do mandato missionário no qual são elencados os elementos ou sinais principais da missão dos cristãos: expulsar demônios, falar todas as línguas, ser imune a qualquer veneno e curar os enfermos. Percebemos aqui que a missão dos cristãos possui os mesmos elementos ou sinais da missão de Jesus.

Aparentemente, é uma missão impossível. É necessário compreender cada um desses elementos. Antes de tudo, trata-se de sinais e não de demonstrações ( muito menos midiáticas), os quais têm  por objetivo indicar que os missionários entraram em um campo novo de ação e para isso receberam uma autoridade originada no Pai, ao lado do qual está Jesus. Significa que é uma ação dos cristãos, mas não unicamente deles: é uma ação de Deus regenerando este mundo por intermédio da obra evangelizadora dos cristãos.

Expulsar os demônios em nome de Jesus, significa, primeiramente, continuar a sua luta  contra o mal, como foi enfatizado ai longo do Evangelho de Marcos. Não é tanto fazer exorcismos, mas instaurar um reino de justiça, fraternidade e paz em oposição ao mal, ao pecado e ao egoísmo. É continuar a luta de Jesus em cada circunstância da vida, enfatizando o poder do bem contra o mal, e não o contrário. Uma forma de exorcismo que cada um pode fazer é evitar desanimar por causa do aumento da violência e prestar mais atenção nas ações das pessoas de bem que fazem grandes mudanças na sociedade.


Falar novas línguas, no contexto narrativo dessa leitura, não significa a oração em línguas, pois se trata de não de falar com Deus - não é um texto sobre oração -, mas do mandato missionário de falar às pessoas do mundo inteiro. Significa que os cristãos farão um esforço para não impor uma cultura ou modo de pensar, mas anunciarão o Evangelho, a boa notícia de Jesus, levando em conta  os destinatários, seu contexto histórico-social e cultural.

Num mundo perigoso (entre venenos e enfermidades), os cristãos deverão ser capazes de expandir a Palavra em toda língua, superando o poder do mal e ajudando os outros a viver (curas). Desse modo, o anúncio do Evangelho se converterá em ação transformadora, sinal de que o mal  cede lugar ao Reino que estará se expandindo na terra.

Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
(Graduada em Filosofia pela Universidade
Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade
Jesuíta de Filosia e Teologia (Faje - BH), onde
também cursou mestrado e doutorado em Teologia
Bíblica e lecionou por aluns anos.
Atualmente leciona na Faculdade Católica de Fortaleza.
É autora do livro: "Eis que faço nova todas as coisas" -
teologia apocalíptica -Paulinas)

sexta-feira, 15 de maio de 2015

15 de Maio, Dia da Assistente Social

O mês de Maio traz data muito especial para as/os Assistentes Sociais: o dia 15, quando se comemora o seu dia e marca a profissão desde o seu nascimento. Em 15 de maio de 1891, o Papa Leão XIII publicava a Encíclica "Rerum Novarum", apresentando ao mundo católico os fundamentos e as diretrizes da Doutrina Social da Igreja. Era a primeira Encíclica Social já escrita por um Papa e, arcava o posicionamento da Igreja frente aos Graves problemas sociais que dominavam as sociedades européias. Para os assistentes sociais europeus, a Encíclica publicada naquele dia 15 de maio, trazia um conteúdo muito especial. Atônitos frente à complexidade dos problemas existentes e teoricamente fragilizados em conseqüência de sua formação ainda bastante precária, aqueles profissionais assumiam o documento e os ensinamentos ali contidos, como base fundamental de seu trabalho. E desse modo se aproximavam cada vez mais da Igreja Católica européia que, por sua vez, assumia progressivamente a sua liderança sobre o enfoque das práticas sociais daqueles profissionais.

No Brasil, o Serviço Social foi criado em 1936, a partir das iniciativas dos grandes líderes da Igreja Católica no País, inspirados na Doutrina Social da Igreja então enriquecida por uma nova Encíclica Social: a "Quadragésimo Ano" redigida pelo Papa Pio XI e publicada no dia 15 de maio de 1931 em comemoração aos quarenta anos da Rerum Novarum. E, desse modo, gestada no seio da prática da "Ação Social Católica", ou simplesmente "Ação Católica" - no Brasil a profissão cresceu sob a liderança da Igreja e, até o início dos anos 60, recebeu a influência direta e decisiva da sua "Doutrina Social".


Neste dia, queremos homenagear todas e todos Assistentes Sociais que lutam por uma melhoria de vida das pessoas. Nosso Carinho e nosso Muito Obrigada!


quarta-feira, 13 de maio de 2015

13 de Maio: Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo

O dia 13 de maio é considerado o Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo, data em que foi assinada a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil, em 1888.

A Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888. A lei marcou a extinção da escravidão no Brasil, o que levou à libertação de 750 mil escravos, a maioria deles trazidos da África pelos portugueses.

A assinatura da lei foi conseqüência de um longo processo de disputas. Logo antes da elaboração do deputado conservador João Alfredo, muitas manifestações pedindo a libertação dos escravos já ocupavam as ruas, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro.

Na verdade, os escravos já estavam mobilizados em torno desta causa havia muitos anos. Um dos primeiros ícones da luta pela libertação dos escravos, considerado o mais importante até hoje, foi o movimento do Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi dos Palmares.

Escravos fugidos ou raptados de senzalas eram levados para o território, que chegou a ter 200 quilômetros de largura, em um terreno que hoje corresponde ao estado de Alagoas, parte de Sergipe e de Pernambuco. O movimento, iniciado por volta de 1590, só foi derrotado cerca de 100 anos depois, em 1694. Um ano depois, Zumbi, traído por um homem de sua confiança, foi assassinado. A data de sua morte, 20 de novembro, é muito comemorada pelo movimento negro e foi oficializada como o Dia Nacional de Denúncia contra o racismo.

Mas o começo da liberdade ainda demoraria para acontecer. Os primeiros passos, antes da Lei Áurea, foram a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1884). A primeira estabelecia que os filhos de escravos ficavam sob os cuidados do senhor de suas mães até 8 anos. Depois, o senhor poderia libertá-los e receber indenização ou usar seus trabalhos até os 21 anos, depois eles estariam livres. A segunda dizia que os escravos estariam livres quando completassem 60 anos. Mas antes da liberdade total, deveriam trabalhar 5 anos de graça como indenização aos senhores pelos gastos com a compra deles.

Só então é que veio a Lei Áurea. Mas mesmo depois da lei, os ex-escravos batalharam bastante para sobreviver, porque não tinham emprego, nem terras, nem nada. Muitos deles arranjaram empregos que pagavam pouco porque era tudo que os brancos lhes ofereciam. Os movimentos de consciência negra surgem como forma de protestar contra esta desigualdade social e contra o preconceito racial. Hoje, 13 de maio é o Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo.

E você com isso?

É compromisso de todo mundo lutar por um mundo mais justo, e está incluída aí a justiça racial. Afinal, além de sofrer com as desigualdades sociais, a população negra sofre também com o maior câncer da sociedade brasileira: o racismo.

O país acompanhou recentemente as declarações de um Parlamentar do Rio de Janeiro, que em um programa de TV afirmou que seus filhos não correm o risco de namorar uma mulher negra ou virarem gays, porque “foram muito bem educados”, relacionando a relação entre brancos e negros com “promiscuidade. Na mesma semana outro deputado, desta vez um de São Paulo, usou o twitter para dizer que “os africanos são amaldiçoados”.

Infelizmente as palavras destes parlamentares racistas soam apenas como versão em prosa e verso de uma dura realidade que, 123 anos após a abolição, persiste: a morte física, cultural e simbólica de negras e negros.

Todos os seres humanos merecem respeito carinho ou atenção, independentemente da cor da sua pele. Isto significa que você deve tratar bem todos os seus colegas e seus conhecidos, não importa se ele é branco, negro ou oriental.

Fonte: www.uneb.br 

terça-feira, 12 de maio de 2015

12 de maio Dia Internacional da Enfermagem

Dia 12 de maio comemora-se mundialmente o Dia do Enfermeiro, em referência a Florence Nightingale, um marco da enfermagem moderna no mundo e que nasceu em 12 de maio de 1820.

Já no Brasil, entre os dias 12 e 20 de maio, comemora-se também a Semana da Enfermagem, data instituída em meados dos anos 40, em homenagem a duas grandes personagens da Enfermagem no mundo: Florence Nigthingale e Ana Néri, enfermeira brasileira e a primeira a se alistar voluntariamente em combates militares.

A profissão tem sua origem milenar, e durante séculos, a Enfermagem vem formando profissionais em todo o mundo, comprometidos com a saúde e o bem-estar do ser humano. Só no Brasil, são mais de 100 mil enfermeiros, além de técnicos e auxiliares de enfermagem, que somam cerca de 900 mil profissionais em todo país. Essas variações de cargos fazem com que mais profissionais se juntem ao setor e a novas possibilidades de trabalho nesta área.

E com essa pequena explicação queremos fazer uma homagem à estas profissionais que dedicam ao cuidado da vida, o nosso MUITO OBRIGADA!!


domingo, 10 de maio de 2015

O amor de Mãe

Festejamos neste 10 de maio o Dia das Mães. O amor de mãe é especial por que não é um amor romântico, sentimental, eufórico. Trata-se, antes de tudo, um amor que gera a vida, acolhedor, fecundo, marcado pela doação de si  e o acolhimento do outro. é altruísta, voltado para o bem dos outros, um amor de benevolência. O amor de mãe se caracteriza pela presença, não suporta distâncias. é unitivo, não suporta divisões. é amor-perdão, não suporta brigas, intrigas, discórdias. A mãe saber ser misericordiosa e mestra. Ama com o coração e com a razão, com carinho e com responsabilidade.

A mãe ama com amor incondicional, isto é, mesmo quem não é bom é amado. A mãe não deixa de amar o filho errado, rebelde, ingrato. Assim é o amor de Deus: ama sem ser amado, ama mesmo quando é rejeitado. Amor de mãe é feito de compreensão, compaixão, e exigência. Seu amor cativa por ser "amor-ternura" e "amor-exigência", um amor corajoso, até o sacrifício de si.

O amor materno é exigente, sabe corrigir, orientar e dizer "não", Por isso mesmo é verdadeiro. A mãe ama o filho errado, mas discorda de seus erros. O amor de mãe é oceânico, porque é também amor conjugal, amor ao próximo e amor a Deus. Nossas mães são monumentos de amor. Elas dedicam tempo, atenção e carinho ao esposo, aos filhos, aos pobres e ainda amam a comunidade eclesial ou outras instituições como a escola, o hospital, as associações de caridade etc. O amor de mãe é universal, aberto a todos, sem exclusões.

A mãe ama com amor de amizade e de doação, oblação, generosidade (ágape). Portanto, é um amor completo, amadurecido, gratuito. Nem todas as mães alcançaram esse nível, mas o que importa é que mãe e amor são sinônimos. Como são admiráveis as mães. Quem tem coração de mãe certamente terá um coração fraterno, sensível e bondoso. Muitas palavras derivam do amor materno. "Metrópole" quer dizer mãe maior, amor materno, amor principal ou primeiro amor. Assim também a palavra "matriz" significa mãe. "Maternidade" é a cada da mãe, da vida. Por isso mesmo amamos a mãe terra, a mãe Igreja para vivermos em espírito de família e concórdia. "Madre" significa a mãe de uma comunidade. Não é errado dizer que Deus tem um coração de mãe.

Misericórdia é o amor de útero, amor de entranhas, amor visceral, amor materno. Deus é misericórdia e por isso ama primeiro, ama sem limites, ama incondicionalmente, ama sem cansar. Amor misericordioso é um amor de mãe. Assim, amor de mãe é um sinal, um sacramento, uma visibilidade do amor de Deus. Lembramo-nos sempre daquela mãe que ia todas as semanas à prisão, para visitar um detento. O padre perguntou-lhe: "Este detento que a senhora visita todas as semanas é seu filho?". Ela respondeu: "Não, padre, ele é o assassino do meu filho que adotei como filho e venho sempre visitá-lo"; Eis o amor de mãe.

O amor de mãe, além de altruísta, é atencioso e cuidadoso. Repreende mas não maltrata, acredita na melhora do filho e das pessoas, saúda e cumprimenta as pessoas, sabe ceder e silenciar, trata a todos com igualdade e sofre com os que sofrem, alegra-se  com os que se alegram. É um  amor simples e nobre, fiel e compreensivo, protetor e desafiador, encorajador e admoestador, que permanece mesmo quando não é correspondido. O amor de mãe nos ensina a ser fraterno a ter uma abertura filial com Deus.

No dia 13 de maio, festejamos Nossa Senhora de Fátima, ela que é a mãe da paz, mãe que aconselha a oração, mudança de vida, a reparação dos pecados e a consagração a Deus. A mão terna de Maria desviou aquela bala mortífera que poderia ter matado o Papa João Paulo II, no dia 13 de maio de 1981. Ele mesmo levou a Fátima aquele projétil e o colocou na coroa de Nossa Senhora. Ter Maria por mãe é uma grande graça.

Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina, PR

Fonte: Revista Mensageiro do Coração de Jesus - Maio 2014.


Refletindo o Evangelho - Jo 15,9-17

Escolhidos para Amar:
Evangelho Jo 15,9-17

O evangelho nos fala sobre a Igreja como lugar a da amizade. Jesus nos é apresentado como alguém que confidencia aos seus amigos tudo o que ouviu do Pai. (v.15). Conforme a palavra de Jesus, a Igreja não se fundamenta em relações de poder entre senhor e escravo, nas quais alguns se impõem sobre os outros, no saber e no poder. Jesus superou essa mentalidade do mundo onde uns mandam e outros obedecem; ele convocou uma família, não fundou uma empresa. Somos vocacionadas e vocacionados para amar, para viver em comunhão, partilhando uns com os outros, aquilo que somos e o que temos.

Jesus confia a nós tudo o que ouviu do Pai, dando-nos o exemplo para que confiemos uns nos outros e sejamos transparentes uns com os outros, a fim de formar verdadeira “comunidade”. Se levarmos em conta esse exemplo de Jesus, a Igreja será círculo de fraternidade, local de acolhida do diferente, espaço onde todos se sentirão a vontade para ser o que são família da qual ninguém será excluído.

Contudo, esse exemplo de Jesus encontra inúmeras resistências em nossa época. Ainda resta um caminho longo e difícil para a inclusão e a aceitação do diferente. Faz-se cada vez mais urgente voltarmos ao Evangelho e darmos atenção às palavras de Jesus. 

Há grupos dentro da Igreja que querem impor um modo de ser Igreja bem diferente daquele que foi pensado e desejado por Jesus. São grupos autoritários que se definem como únicos conhecedores da essência do cristianismo e defensores da doutrina. No entanto, suas práticas de exclusão se chocam com o agir de Jesus, que se fez amigo de todos, não teve pretensões autoritárias nem mencionou ser o único conhecedor das palavras que ouviu do Pai, pois as partilhou com todos.

E o que Jesus teria ouvido do Pai? Ou melhor, qual seria a vontade do Pai que Jesus cumpriu e nos mandou observar? Na verdade, Jesus a sintetizou em poucas palavras: viver o mandamento que ele deixou, a saber: estar aberto e livre para amar concretamente. Se estivermos dispostos a isso, estaremos em sintonia com ele e, portanto em sintonia com o Pai. 

Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
(Graduada em Filosofia pela Universidade
Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade
Jesuíta de Filosia e Teologia (Faje - BH), onde
também cursou mestrado e doutorado em Teologia
Bíblica e lecionou por aluns anos.
Atualmente leciona na Faculdade Católica de Fortaleza.
É autora do livro: "Eis que faço nova todas as coisas" -
teologia apocaliptica -Paulinas)

sábado, 9 de maio de 2015

Maria, Maria é o Dom!

“Ave Maia, plena de graça”. Saudar Maria é acreditar na plenitude que nos vem de Deus. Em nossa experiência cristã, somos motivados pela convicção de que Deus age no coração de quem O acolhe. A graça faz parceria com nossa liberdade. Somos responsáveis em dar nossa contribuição e acreditar que Deus vai nos plenificando em Jesus Cristo, com a força de seu Espírito.

Maria é modelo de quem acreditou nessa proposta. Enxergou além, fazendo-se serva do absoluto. Por isso, seguir o Cristo, como Maria, é colocar-nos na estrada da acolhida e da entrega. Os Cristãos autênticos são aqueles que se tornam mensagem do Divino ao lutar pela transformação de si e das coisas que estão à sua volta. Não devemos aprisionar a Graça no interior de nossas próprias satisfações, mas fazer com que ela seja irradiada. Somos geradoras e geradores de Cristo para o mundo. De outro modo: onde mora um cristão, ali deveria existir um sinal de paz, de fraternidade, de acolhida, de solidariedade. Traços tão Marianos.

Assim, celebramos Maria durante todo esse mês de maio. Celebramos também todas as mães! Quantas se colocam, ainda hoje, como mulheres fortes, geradoras de novidades em nossa Igreja, no trabalho, na política; mãos que cuidam, com ternura, da vida. Expressemos neste tempo, nossa alegria em saber que ter mãe é não ser fruto do acaso, mas de um seio profundamente parceiro da graça do Criador.
Pe. Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R
Revista Akikolá – maio de 2004

E com esta música de Milton Nascimento homenageamos todas as Marias de nossas vidas.




sexta-feira, 8 de maio de 2015

Nossa Senhora de Luján - Padroeira da Argentina e Uruguai

Neste dia 8 de maio, celebramos junto às nossas Irmãs Oblatas de Argentina e Uruguai o Dia de Nossa Senhora de Luján. 

Vamos  conhecer um pouco mais desta linda história de devoção e amor.

Na Argentina a devoção mariana remonta aos seus colonizadores, no início do século XVI. Diz a tradição que nas guerras da independência os conquistadores e generais não saíam para as batalhas sem antes pedir com seus soldados a proteção da Virgem Maria.

Entre os muitos santuários dedicados a Nossa Senhora, destaca-se o de Luján, cerca de 60 km a oeste de Buenos Aires. A origem do título Nossa Senhora de Luján é contada de pai para filho: um rico fazendeiro, Antonio Farias de Sá, habitante de Sumampa, hoje Santiago Del Estero, encomendara de um amigo brasileiro, uma estatueta da Imaculada Conceição. Era sua intenção construir na fazenda uma capela em louvor à Virgem Maria.

Chegada de navio a Buenos Aires, sua encomenda seguiu viagem com outras mercadorias, em carros-de-bois. Às margens do rio Luján, os mercadores fizeram uma parada. No dia seguinte, por um estranho prodígio, os bois empacaram e nada os fazia andar. Resolveram então aliviar-Ihes a carga. De nada adiantou. Só depois que o último caixote, justamente o que guardava a imagem, foi retirado do carro, os bois saíram do lugar. Todos entenderam então que era ali que a Virgem queria ficar. Estando próximos da fazenda de João Rosendo, para lá se dirigiram em procissão, e improvisaram um altar para a imagem. Tão logo possível, construíram ali uma pequena capela que hoje é o belíssimo santuário de Luján. Esse local ficou conhecido como a “detenção da carreta” ou o “milagre de Luján”.

A devoção a Nossa Senhora de Luján espalhou-se por toda a América. Sua festa principal é celebrada no dia 8 de maio.



Fontes:
www.domluizbergonzini.com.br
www.peregrinacionlujan.org.ar
www.basilicadelujan.org.ar
http://miliciadaimaculada.org.br/ver3/default.asp?pag_ID=1748

quinta-feira, 7 de maio de 2015

7 de maio Dia do Silêncio

Psiu! Sabe que data é hoje? Muitos não sabem, mas no dia 07 de maio se comemora o Dia do Silêncio. A ideia de celebrar a falta de qualquer tipo de som ou ruído ainda não possui uma explicação concreta ou algum fato histórico definido ao qual esteja ligado. O certo é que a data de hoje, intuitivamente falando, foi reservado apenas para reflexão. 
 
Aos poucos, o silêncio foi perdendo a sua essência do não falar para ocupar outro lugar em nossa vida. Já não basta mais o som dos motores dos veículos cessarem, a buzina dos carros se calarem, o som ser desligado e nossa boca não pronunciar palavras; a mente encontra-se ocupada com outras linguagens que nos roubam o silêncio que perdeu a sua verdadeira natureza.

Então que tal desligar o som do seu mp3 player, notebook ou do tablet? Deixe o seu celular no modo silencioso, a sua TV no stand by e procure se afastar de todo o tipo de barulho que vem do lado de fora. Para quem gosta de falar muito e com frequência, ficar em silêncio por alguns minutos deve ser o exercício ideal, um bom teste para repousar a mente. Estes são bons motivos para lembrar o dia 07 de maio, simbolicamente considerado o Dia do Silêncio e aproveitar para silenciar a mente e o coração e refletir a vida e o que Deus deseja de você.

Fonte:
http://www.sebcoc.com.br/sartre/imprensa/nobel/07-de-maio-hoje-e-o-dia-do-silencio
http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/a-importancia-do-silencio-para-a-vida-de-oracao/


segunda-feira, 4 de maio de 2015

Mãe: A alegria de ser fonte

O primeiro sentido que os pais vivem ao ver a face dos filhos é este: De Alegria! Alegria de serem fonte, de estarem na origem de... Uma liberdade que se origina, se articula de nossa existência. Uma pessoa nasce, saí de nós. Uma vida que vem de nossa vida.

Mas ao mesmo tempo, que os pais colocam no mundo é precisamente uma liberdade. Um ser dotado de movimento próprio. Uma nova fonte . Cada filho é uma nova pessoa e não uma repetição dos pais. Aqueles que dão a vida devem consentir, cedo ou tarde, a que esta vida se lhes escape.

Por ocasião desta semana do dia das mães, vale a pena recordar docentemente esta verdade com o poema de TAGORE:





























MÃE! Viva sua maternidade na espiritualidade do mistério pascal que se assenta sobre o cotidiano: O mistério de uma vida que se gera onde acontece a entrega, a doação, a morte. Parabéns pela vivência deste mistério, todos os dias.

Fonte: Revista Akikolá
(Redentoristas)


domingo, 3 de maio de 2015

Refletindo o Evangelho - Jo 15,1-8

Permanecer em Jesus
Evangelho – Jo 15,1-8

O evangelho nos mostra os elos que formam a corrente do amor: o Pai, Jesus, os cristãos. Jesus nos mostrou quanto o Pai nos ama. Agora somos nós, os discípulos, que devemos mostrar ao mundo quanto experimentamos do amor do Pai por meio de Jesus. Para isso, é necessário que os membros da comunidade permaneçam unidos.

A metáfora da videira e dos ramos ilustra bem isso. Assim como os ramos da videira estão unidos entre si pelo tronco, os cristãos somente poderão estar vinculados uns aos outros se permanecerem no mandamento de Jesus, a saber, o amor. A maioria daqueles que se dizem cristãos ainda não atentou parta o fato de que “permanecer em Jesus” não significa se tornar adepto de doutrinas, mas dar adesão a alguém, a uma pessoa concreta, Jesus. O mandamento que nos une a Jesus é o amor. O exercício do amor fraterno é sinal distintivo do cristão justamente porque é a prova de sua comunhão vital com o Senhor.

Somente unido ao tronco o ramo pode viver e frutificar: “sem mim nada podeis fazer” (v.5). Isso mostra não somente nossa dependência de Cristo, mas também a vontade dele de nos doar a sua própria vida. E é impossível ter uma vida de comunhão com Cristo, que é o amor encarnado, sem que se produzam furtos de amor – manifesto não simplesmente pela eloquência ou pela multiplicação de palavras, “mas por atos e em verdade” (II leitura, v 18).

Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
(Graduada em Filosofia pela Universidade
Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade
Jesuíta de Filosia e Teologia (Faje - BH), onde
também cursou mestrado e doutorado em Teologia
Bíblica e lecionou por aluns anos.
Atualmente leciona na Faculdade Católica de Fortaleza.
É autora do livro: "Eis que faço nova todas as coisas" -
teologia apocaliptica -Paulinas)

sábado, 2 de maio de 2015

Prece diante do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro


Ó Mãe do perpétuo Socorro,
Teu olhar  triste e terno
Me acompanhe sempre
Até o pouso eterno.

Mostra-me a ternura
Que tiveste com teu Filho Jesus
Quando, em teu  colo,  agarrou-se à tua mão, 
Assustado, ao ver nas mãos do Anjo a Cruz.

Minha vida, dom de Deus para o Reino,
Alternância de alegrias e tristezas,
Carece dessa estrela luminosa,
Sobretudo nos momentos de incertezas.

Ó Deus eterno, Senhor do Universo,
Nos teus braços, criança frágil quis ser.
Eu, frágil criatura, sob teu olhar materno,
Torno-me forte para os ardis da maldade desfazer.

Ó Mãe de Deus e minha,
Quando me vires, assim, contrito e confiante,
Aos pés de tua imagem, genuflexo , preces ardentes murmurando,
Não me desprezes, te rogo, antes, benigna, protege-me constante.

E lembra-te : assim como eu, 
No mar da vida há outras filhas e filhos teus.
Para esses também te peço:
Sê estrela guia para Deus.

Dom Lelis Lara, C.Ss.R

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Juventude, trabalho e dignidade

A cada ano, cerca de um milhão de jovens atinge a idade de 16 anos, abrindo perspectivas para entrar formalmente no universo do trabalho. Se considerarmos que mais de 85% da população brasileira é trabalhadora, teremos então um elevado número de jovens que anualmente procuram trabalho. Os dados oficiais, porém, não são animadores porque, segundo o IBGE, ao menos 40% desses jovens não encontram trabalho. E para os que encontram “um lugar ao sol”, os salários são irrisórios, variando entre meio e dois salários mínimos, sendo que a média gira em torno do mínimo nacional.

O quadro se agrava quando olhamos o resultado do modelo de educação em que a maioria dos jovens que findam o Ensino Médio não alcança a média aceitável do aprendizado: “Quase metade dos 2,6 milhões de alunos que prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2009 teve notas inferiores a 500 pontos estabelecidos como média pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela prova, em todas as quatro áreas avaliadas” (Estado de São Paulo de 29 de janeiro de 2010). Com isto não conseguem ter o discernimento necessário a um bom desempenho no contexto de sua vida pessoal, familiar, de trabalho e política. Perguntamos: O que fazem, em geral, os jovens que buscam trabalho e não encontram? O que o mundo capitalista lhes oferece? Que perspectiva de vida feliz terão?

A exploração do trabalho
Outro fator a ser considerado é que os trabalhadores produzem a riqueza do país, porém, esses que produzem ficam com parte insignificante da distribuição da renda gerada, insuficiente para manter sua vida e a vida de sua família com um mínimo de dignidade.
A economia que vigora no mundo capitalista é concentradora de riquezas nas mãos de uns poucos e multiplicadora de miséria para a imensa maioria. Com a chegada do neoliberalismo, essa concentração se intensificou. Tal fator se agrava quando entendemos que os estados estão organizados em função do capital e não do bem-estar do povo. Assim, todo planejamento nacional se faz em torno dos interesses das grandes empresas, em detrimento da qualidade da vida do povo. Nesta fase do neoliberalismo, a fome já atinge dois terços da humanidade - mais de quatro bilhões de pessoas -, segundo a ONU.
Ainda que em alguns países, por questões históricas, o padrão de vida esteja acima da maioria das nações, ali também prevalece a precária distribuição da renda, com miseráveis se amontoando pelas ruas. Nesse contexto, considerando ainda que os países imperialistas (EUA e países da União Europeia) procuram dominar nações menos poderosas, para delas extrair riquezas, as guerras se multiplicam dizimando gerações de adultos, de jovens e de crianças. Enquanto que, internamente, com o campo aberto ao tráfico de drogas, verdadeiras guerras civis são travadas. E a juventude é a mais atingida, principalmente os pobres e negros.
Ser humano, a prioridade

Sem trabalho ou com sua superexploração, o que o mundo capitalista deixa para a imensa maioria da juventude é uma vida com menos perspectivas, embora continue a lhes oferecer um paraíso aqui na terra, se consumirem seus produtos, enquanto nega-lhes os meios para adquiri-los. Não é por menos que presenciamos jovens alienados, desesperados, sem sequer compreender o que se passa e quais as causas da sua marginalização e miséria.

O desafio que se coloca é como desenvolver um amplo trabalho de conscientização e de organização da juventude, visando a prepará-la para exigir profundas mudanças estruturais, como no caso do Brasil. O presente e o futuro estão nas mãos da juventude e esta precisa se capacitar para exercer seu protagonismo no mundo da cultura, do trabalho, da economia e da política (no seu amplo sentido, não unicamente partidário). É preciso repensar a organização e a função do trabalho, colocando o ser humano como o destinatário de toda a produção e não o ser humano a serviço da produção. Repensar a organização da nação, tendo seus poderes sob controle popular e voltado, em primeiro lugar, para o bem comum.

Waldemar Rossi
metalúrgico aposentado e membro da Pastoral Operária da arquidiocese de São Paulo.

Fonte:http://www.mundojovem.com.br/artigos/juventude-trabalho-e-dignidade