domingo, 31 de agosto de 2014

Setembro – mês da Bíblia

Neste mês de setembro a Igreja no Brasil celebra o mês da bíblia. E aqui no Blog Oblatas, teremos prazer de compartilhar com você, informações e reflexões sobre Palavra de Deus, e  sua importância em nossas vidas.  Pois A Palavra de Deus nos revela o rosto do Pai e seu mistério na pessoa de Jesus Cristo, a encarnação do Verbo (Jo 1).

Celebrar o mês da bíblia é uma grande riqueza, pois precisamos despertar a consciência de que todo dia é dia da Bíblia. Ela é a história vocacional do Deus que caminhou com seu povo e do povo que caminhou com seu Deus. Ela é fonte de vida e luz que ilumina o nosso caminhar e agir. Temos que aprender a meditar a Palavra do Senhor com o coração orante, pois Deus nos chama a conversão pessoal e comunitária.

Então Vamos começar!
Abra os olhos, ouvidos e coração! 




Deus nos convida a conhecer sua história para que transformemos a nossa Vida!

Bom mês, Boa leitura.

sábado, 30 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - Oração de Madre Antonia

Finalizamos este Especial do Mês Vocacional, agradecendo a todas e todos que participaram  e acompanharam nossas Postagens.

Com Alegria convidamos vocês a rezar conosco, esta oração dedicada a nossa Venerável fundadora Madre Antonia , para que interceda por nós e por todas todas vocações. Que Jesus Redentor abençoe cada filha e filho que está em busca de discernimento vocacional.


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - Poema A Pedagogia do Amor

Neste final de mês vocacional, vimos a importância de escutar, absorver e entender o chamado de Deus em nossas vidas. Que fique para cada um o sentido deste amor que nos convida a resignificar e dar sentido a nossa vida e vocação.

Convidamos você a fazer uma leitura orante deste poema a "Pedagogia do amor, que é uma síntese da Espiritualidade e Missão Oblata. 


Pedagogia do Amor
        
Pedagogia: Caminho...  
Amor:  Fundamento do Redentor
A Pedagogia do amor
Temos andado por ela ou pelo menos buscamos desde o principio,
 desde nossas origens, desde aquela primeira inquietude,
Desde São João de Deus...
Aqueles encontros! Com aquelas mulheres...
E Serra não pode ser  indiferente, 
Antonia receou, seria possível? Por que ela?
E mesmo assim ela também arriscou.
Cada passo dado... A luta constante...
Foram mostrando, ensinando... 
Que era preciso cuidado...
Haveria de ter um método
E em Jesus, Antonia encontrou.


Como ele agia? O que o movia?
Seus encontros  com as mulheres
Madalena, Marta, Maria
Suas atitudes, seus gestos,
Inclinar-se... Curvar-se...
Dialogar, tempo gastar,
Devagar, com calma, pouco a pouco,
Era preciso sentar no poço,
Aproximar-se... Chegar perto...
Coração sensível ... Provocar...
Incentivar sem tomar a vez.
Caminhar junto sem fazer para...
Eis a resposta: A Pedagogia do amor.
Da espera gratuita.
Do tempo ao tempo.

                                                                                     Autora: Fernanda Priscilla A. da Silva

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - Vinde e Vede!

Hoje Jesus continua chamando e enviando, Ele propõe algo novo. Uma nova postura de Vida baseada no amor e na fraternidade. Ajudar as pessoas a saírem de si e ir ao encontro da outra (o). Ser Oblata é um estilo de seguimento, uma proposta de Vida, um lindo convite a contemplar a realidade da Mulher em situação de prostituição, mulheres para fins de exploração sexual e tráfico humano. Contempla com os olhos de Misericórdia e ternura, com os olhos do Redentor.

Ser irmã Oblata é acolher, dialogar, criar esperança como Jesus sempre fez, acreditando no mistério de Deus em cada pessoa. É estar atenta ao clamor da realidade. É viver em comunhão com a realidade a qual somos enviadas, numa entrega total, cheia de confiança e amor a Jesus Redentor, procurando ser transparentes, e deixar nos guiar pelo Espírito Santo, que nos envia em missão, como enviou os discípulos. Nem sempre é fácil, é preciso sacrifício, renúncia e contar com a graça de Deus. Ser Irma Oblata é ser Redentorista. Redentorista quer dizer: ser próximo, familiar... Ser Oblata-Redentorista dia-a-dia no cotidiano da vida.

Nós Oblatas Redentoristas somos chamadas a sermos geradoras e cuidadoras da Vida.
Por Evelyn Caroline, Noviça Oblata


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - Testemunho Ir. Beatriz

Para contar às gerações / como é grande o nosso Deus, / que nos vela noite e dia. / 
Ele é o nosso Deus: / desde sempre e para sempre. / Seja ele o nosso guia!”. (Salmo 48) 

Como é bom partilhar com a juventude que acessa o nosso blog, um pouquinho da minha história vocacional! Acho muito legal que @s jovens saibam como é bom seguir Jesus! Como é bom segui-Lo desde o projeto da Vida Religiosa! Como é bom segui-Lo no projeto da Vida Religiosa Oblata!

É tão bom contar a vocês, gerações novas, como é grande o nosso Deus que acolhe nossa fragilidade e nos chama para uma experiência de vida e redenção!

Eu há muito, carrego uma convicção de que, se as/os jovens soubessem o sentido e o significado que o seguimento de Jesus dá à nossa vida, teríamos mais mulheres e homens consagrados a esse projeto de vida e missão.

Faço sempre memória que a vocação foi forjada na minha família e fortalecida na catequese, preparando-me para a Primeira Comunhão. Foi amor à primeira vista! No entanto, eu tinha uma imagem muito triste das freiras e não queria ser uma pessoa triste. Até que um dia conheci uma Irmã Oblata feliz e encontrei outras também felizes que foram despertando a semente que eu trazia desde menina. Foram dois anos de contato com a comunidade do Rio de Janeiro, de participação em encontros de discernimento vocacional, onde fui sentindo que o Senhor me chamava para ser Dele. Assim aos 28 anos deixei minha família e comecei a caminhada vocacional Oblata e nela estou há 33 anos. Foi um tempo de desafios com meus familiares e com meus amigos, afinal queriam me ter por perto e a opção que estava escolhendo me levaria para longe deles. Eu também senti bastante, mas o Chamado é mais forte e o desejo de descobrir minha verdadeira vocação me animou a seguir em frente.

Sim, a motivação mais forte foi o Amor de Deus que há tempos experimentava no coração. Era algo tão intenso que não me identificava com outra vocação, mesmo que, inicialmente, tenha sido orientada para a vocação matrimonial. Saber que a vivência da vocação religiosa se dava em comunidade era algo que também me atraía, pois sempre gostei de gente, de fazer amizades, construir vínculos e, além disso, em comunidade responder a uma missão que hoje se concretiza junto à mulher em situação de prostituição.

É claro que, no início é difícil a adaptação ao novo projeto de vida! Sentia falta da minha família, dos meus amig@s, dos meus alunos porque eu era professora, enfim de tudo que fazia parte da minha vida naquela época, mas eu sempre pensava que, se Deus me chamava a ser religiosa, Ele mesmo iria me dando força e assim foi. Nessa época eu rezava muito a Madre Antonia, Fundadora da nossa Congregação, uma mulher que desde que eu li a sua história, admirei. Sempre pedia a Ela que intercedesse por mim, afinal ela, diante de Deus, torcia pela minha vocação e, sobretudo pela minha felicidade, pensava eu!

E assim relembrando os começos da minha vocação e depois de 33 anos de caminhada, agradeço muito a Deus o dom recebido! Por isso animo e sempre animarei as jovens para que, sentindo no coração uma atração por Jesus, dediquem um tempo para fazer um discernimento a fim de que possam descobrir se Deus as chama para a Vida Religiosa, ou se o chamado é para ser presença Dele na família, na Igreja, no trabalho, enfim em outra vocação cristã porque em todas se pode seguir as Pegadas do Redentor.

Que Nossa Senhora, nossa Boa Mãe do Perpétuo Socorro, nos ajude a sermos fiéis a cada dia!


Ir. Maria Beatriz Simões da Paixão

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - Vocação Oblata

A vocação Oblata surge do clamor das mulheres que viviam em situação de prostituição, abandono e miséria durante o século XIX na Espanha. Padre Serra e Madre Antonia, ouviram este clamor e com entranhas de misericórdia e solidariedade, acolheram a dor destas mulheres e fizeram de suas próprias vidas uma entrega total a Deus por esta causa. Em 2 de fevereiro de 1870 é fundada a Congregação das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor que atualmente está presente em 15 países.

Somos chamadas a seguir as pegadas de Jesus Redentor estando imersas na realidade para atender as mulheres excluídas pelas consequências do fenômeno da prostituição. Acreditamos na potencialidade de cada mulher e na possibilidade do Reino que existe em cada uma. Esta missão fortalece em nós a esperança vivida por nossos fundadores, e nos leva a um compromisso coerente de humanização, libertação, solidariedade, alegria e gratuidade, que são traços de nosso modo de ser Oblata na Igreja e no mundo, nos capacita para percorrer com as mulheres, um caminho em igualdade e Redenção.

Espiritualidade e Mística
Somos mulheres consagradas que:

*Clique nas imagens para ver em tamanho real






Esse é o nosso jeito Oblata de Ser, enraizado em Jesus Redentor e no sonho de nossos Fundadores. Seguimos com a alegria de ser um sinal profético todos os dias e portadoras de uma espiritualidade de encarnação e redenção, carregando esta essência da espiritualidade em cada gesto de acolhida, misericórdia, ternura respeito e compromisso social, convictas da ação e força do Espírito Santo em nossa missão com as mulheres em situação de prostituição.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - Santidade e as Diversas Vocações

Nesta caminhada vocacional, vemos que descobrir o chamado de Deus, ouvir a sua voz, aceitar o seu convite, é muito importante, mas temos que lembrar que a nossa resposta positiva nos leva a buscar uma vida santa e feliz. Quem se descobre amado por Deus e também o ama, torna-se a pessoa mais feliz do mundo e está caminhando rumo à santidade.

Toda igreja é chamada a ser santa e por isso não podemos esquecer que a Missão fundamental como filhas e filhos de Deus é evangelizar. Não existe outro caminho para a santidade a não ser o da evangelização, de ir ao encontro dos abandonados, excluídos, explorados, marginalizados e pobres. Diante disso temos que ser presença de vida e salvação, ir ao encontro do outro e ver nele o rosto de Deus.

Viver a santidade não é engrandecimento, muito menos privilégio. Ser santo é uma Missão de grande responsabilidade confiada pelo Senhor a cada um de nós, porque “há quem muito foi dado, disse Jesus, muito será cobrado”. E muitos jovens se perguntam como ser santo? Como ir ao encontro dos necessitados hoje em dia? 

Existem vários caminhos para chegarmos à santidade. O modo de vivê-la será escolha pessoal de cada um. Na igreja temos muitas vocações e para descobri-la é importante fazer um discernimento, aonde com estudo e oração, vamos criando um caminho de santidade com a ajuda de Deus.
A santidade vivida no dia a dia.

O Concílio Vaticano II afirmou que a santidade é vivida no dia a dia, no cotidiano, na simplicidade das atividades, a partir da escolha que cada um faz.

a) A santidade dos leigos: as pessoas leigas, casadas ou não vivem a santidade quando, no exercício de suas atividades, procuram viver em tudo os valores do Evangelho. Assim, um pai, um esposo, santifica-se quando, a partir da Palavra de Deus, vive como um bom pai, um bom esposo, um bom trabalhador, um bom cidadão. Uma mulher santifica-se sendo ela uma boa esposa, uma boa mãe, uma boa profissional, uma pessoa do bem. E, assim, todos os leigos e leigas, vivendo a partir de Cristo o seu dia a dia, santificam-se. Não precisam viver como um padre ou uma religiosa para serem santos. Estão tão próximos de Deus quanto os demais. O leigo se santifica na medida em que assume com seriedade e honestidade as realidades bem características dessa vocação específica: família, trabalho, matrimônio, política, participação direta nos movimentos populares etc. Não precisam fugir do mundo para serem santos. Precisam transformar esse mundo a partir do Evangelho, para serem santos. 

b) A santidade dos consagrados: As consagradas e consagrados (religiosas, religiosos, pessoas de institutos de vida...) vivem a radicalização do batismo, na qual a pessoa escolhe Deus como o único e absoluto de sua vida, consagrando-se no serviço do Reino através da espiritualidade e carisma próprio, renunciando ao matrimônio e aos bens materiais.
 A consagração Religiosa é a entrega total de si que a pessoa faz a Deus e seu reino, através dos votos de obediência, pobreza e castidade. Vivem em comunidade dedicando toda sua vida e energia ao serviço livre e gratuito a todas as pessoas e em especial aos mais pobres. A consagrada é alguém que vive a proposta do Evangelho, e atua ativamente na sociedade, dando testemunho do reino de Deus, mantendo viva a esperança da vida plena, anunciando e denunciando as injustiças e incentivando as pessoas a viverem de forma alegre sua consagração batismal. E a partir desta experiência de vida, são sinais todos que é preciso e possível ser santo. 

c) A santidade dos ministros ordenados: diáconos, padres e bispo, seguindo o exemplo de Cristo Bom Pastor, santificam-se à medida que vivem mergulhados numa comunidade, animando-a e zelando para que nenhum dos que participam desta se perca. À frente de uma comunidade, o ministro ordenado, como fez Cristo, ouve, reza e ensina a Palavra de Deus e, pela celebração da Eucaristia, nutre o povo com o Cristo Pão- Palavra. Um diácono santo, um padre santo, um bispo santo, exercem no dia a dia a caridade cristã, entendida como compaixão e misericórdia. Padres e bispos, renunciam a uma família e  assumem para si a comunidade como a sua grande família e é para ela quem vivem.

Quem quiser ser santo, pois precisa assumir para si essa missão: evangelizar. Uma criança é santa quando evangeliza; um adolescente é santo quando evangeliza; um jovem é santo quando evangeliza; um adulto é santo quando evangeliza. 

Textos adaptados dos livros: 
"Ide e fazei discípulos meus!" - Edson Adolfo Deretti, Paulinas 2010 
Vocação e Vocações Redentoristas 0- Congregação Santíssimo Redentor,Editora Santuário 2014

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - Os sete passos para responder a vocação

Durante este processo do reconhecimento do chamado de Deus é importante fazermos uma fazer uma análise de nossa realidade, na qual vivemos altos e baixos na caminhada vocacional.

A bíblia nos ajuda neste momento com exemplos de alguns profetas que também tiveram suas resistências: Abraão e Sara não conseguiam crer na própria vocação e apresentavam caminhos alternativos (Gn 17,17), (Gn 18, 1-8), (Gn 21, 1-7), (Gn 22, 1-2), (Gn 22; 11-19) Moisés resistiu porque teve medo e não queria se comprometer (Ex 3, 7-10), e Elias resistiu porque tinha o olhar perturbado por algum defeito que o impedia de avaliar a situação com objetividade e perceber a vocação e Deus (1Reis 17 -21), (1Reis 19, 2-6), (1Reis 19, 4-8) (Ex 19, 1-8), (1Reis 19, 10.14), (1Reis 18, 40), (1Reis 19, 11) (Ex 19, 16, (1Reis 18, 38) , (1Reis 19, 11-12), (1Reis 19, 13).

É dentro deste contexto que Deus percorreu com os profetas os sete passos da vocação: Ouvir, lembrar, ver, conhecer, descer, decidir, chamar. Não são passos distintos, um depois do outro e sim entrelaçados com para que eles percebessem dentro da realidade que vivam a resposta para o chamado.

    1-Ouvir: Deus ouvir o clamor
Devemos aprender a escutar o grito calado do pobre, aprender a perceber os problemas dos outros, estar atentos aos acontecimentos. Como Jesus na estrada com Emaús, devemos nos aproximar das pessoas, caminhar com elas, fazer silêncio  para escutar o que conversam e perguntar, ter um “desconfiometro” para receber eventuais resistências, desvios e enganos. O ponto de partida é saber fazer silêncio dentro de nós para poder escutar a vocação.

    2-Lembrar – Deus se lembrou da aliança com Abraão, Isaac e Jacó
Muitas vezes, ao presenciar um fato na rua e escutar uma notícia na televisão, você se lembra de alguma situação já vivida antes. Os fatos que acontecem hoje trazem de volta as coisas do passado, seja da família, seja do Brasil. E esta lembrança do passado, por sua vez, ajuda a dar uma resposta mais coerente aos apelos que recebemos hoje. A memória do passado é chave para poder analisar bem a situação  de hoje e perceber os apelos ou as vocações que aí existem para nós. Sem memória do passado não há futuro para o povo!

    3-Ver – Deus viu a miséria do seu povo 
Todos os dias vemos a miséria do Brasil: pobres na rua, brigas em família, desemprego, corrupção, exploração sexual, prostituição, tráfico de pessoas, fome, violência etc., mas nem sempre nos damos conta do que está acontecendo. Vemos as coisas, mas não  as percebemos. Nós nos acostumamos e nos tornamos insensíveis diante dos problemas do país e das pessoas. Não analisamos as coisas, e para acalmar uma possível rebeldia da consciência arrumamos motivos e pretextos para não nos envolver. Por falta de análise crítica da realidade para não nos envolver. Por falta de análise crítica da realidade não enxergamos o apelo e, mesmo vendo não descobrimos nossa vocação.

     4-Conhecer: Deus conheceu os sofrimentos
Na Bíblia, a palavra Conhecer indica não só um conhecimento teórico obtido pelo estudo (isto pertence ao terceiro passo do Ver). Na Bíblia, conhecer indica uma experiência prática, obtida na convivência. Uma coisa é conhecer de longe, outra é sentir de perto. Quem vive em condomínio fechado não sabe o que sofre um favelado. Quem esteve na cada de um desempregado sabe o que significa não ter o que comer. Uma vocação que não se envolve não atinge o seu objetivo.

    5-Descer: Deus desceu para libertar o seu povo
A situação do povo que gritava fez com que Deus saísse do lugar onde estava para colocar-se no lugar onde estava o povo. Mudou de posição. Fez opção pelos pobres e oprimidos. Descer significa mudar de posição social. Para poder assumir sua vocação é muito importante a pessoa fazer algo, por menor que seja, para descer, mudar de posição. Por exemplo: no jeito de oferecer uma ajuda aos outros, na hora de votar, nas decisões que se tomam, na maneira de fazer a análise dos problemas etc. Diz um proverbio: “A fome na China pode ser grande, mas meu calo dói mais!”. É colocando-me no sapato do outro que percebo que a fome na China dói mais que o meu calo.

    6-Decidir – Deus decidiu fazê-lo subir para uma terra fértil e espaçosa
Deus Ouviu , lembrou, viu, conheceu e desceu. Agora ele começa a agir, tomando decisões concretas a partir da posição do outro, com o enfoque do outro, e elabora um projeto para libertar o povo daquela situação. Percebeu que do jeito que o povo estava não podia continuar e que era necessário encontrar um outro modo de viver. O projeto levou quarenta anos para ser realizado. Deus parece não ter pressa. Ele não planta alface, Planta Jacarandá.

     7-Chama: Deus chamou Moisés e o enviou para tirar o povo do Egito
Deus chamou Moisés, Moisés chamou Aarão, Aarão chamou outros, os outros chamaram outros. Iniciou-se um processo que chegou até nós. Deus tomou iniciativas, envolveu pessoas, fez com que os outros passassem pelo mesmo processo. A raiz da vocação que ele (Deus) estava recebendo do povo e em atender ao chamado dos oprimidos. A raiz da nossa vocação é a vocação de Deus. Através do chamado que nos dirige e que nós descobrimos dentro dos fatos, Deus vai dando uma resposta à vocação que ele está recebendo hoje dos pobres, aqui no Brasil. Foi assim que Jesus viveu a sua vocação lá na Palestina, e é assim que também devemos experimentar e viver a nossa vocação. Isto dá a maior profundidade e compromisso ao que já estamos fazendo.

Livro Vai estou contigo!

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - Testemunho Ir. Analita

Um Caminho, um processo que continua...

Década de 1960
"Como toda experiência, a da Vocação Religiosa também é difícil de colocar no papel, porque mais que seja experiência, se trata de vivencia e sentimentos.

Nasci numa família cristã, comprometida com a verdade, e isso favoreceu para que mais tarde eu pudesse responder e assumir o apelo de Deus e seguir o Cristo Redentor na Congregação das Irmãs Oblatas. 

O Meu processo vocacional foi se dando pouco a pouco e com muita naturalidade. Depois de manter contato com algumas Irmãs, no dia 16 de Março de 1962 cheguei por primeira vez na Comunidade Oblata.

Hoje posso reconhecer que a gratuidade de Deus supera toda e qualquer barreira. Depois destes anos vividos sinto que continuo com o desejo de revitalizar, e gerar nova vida. Ser Redimida e acolher com generosidade o acontecer dos tempos. Sou grata a Ele que se fez luz no meu caminhar e à Congregação que foi confiando em mim e desde esta confiança, tive a possibilidade de aproximar-me da realidade da Mulher em situação de prostituição nos países onde marcamos presença. 

Considero uma graça infinita ser Oblata ontem, hoje e amanhã, fazendo a experiência de entrega, de movimento e partilhar vida e missão com as demais. Seguir a Jesus Redentor é caminhar sobre suas pegadas e na medida do possível, ser como Ele, presença de ternura, comunhão,
escuta e acolhida.

Como Oblata neste momento, acolho as novas chamadas de partilhar meu compromisso vocacional aqui em Salvador. Que Ele continue sendo Luz para meu caminhar."  

Ir. Analita Albani, OSR.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - Opção Vocacional

Opção vocacional guia para um bom discernimento.

Muitos jovens como você, ao se dedicarem à vida comunitária paroquial atuando em uma pastoral social ou movimento da Igreja, em um determinado momento, podem se surpreender com o desejo de seguir Jesus de forma mais próxima e, por que não dizer, mais radical. Se esta é a sua realidade atual, nada mais apropriado do que um bom discernimento vocacional.

Discernir, segundo a compreensão da Língua Portuguesa, significa conhecer distintamente, avaliar bem, estabelecer diferença, distinguir. Mas, no sentido vocacional, a palavra discernir ganha relevos e significados bem maiores. Para compreender sua dimensão e importância no processo vocacional, que tal recorrer às fontes bíblicas?

Escolhas pessoais: O discernimento caracteriza toda a vida cristã. No Evangelho de Lucas, 18,18-30, temos dois episódios, um deles fortemente marcado pelo discernimento. Trata-se do encontro de Jesus com um jovem líder judeu (cf. Lc 18,18-24) e, em seguida, com os questionamentos de Pedro (cf. Lc 18,28-30). No primeiro, somos interpelados pela pergunta: “Bom Mestre, o que devo fazer para conseguir a vida eterna?”. Na sequencia desse diálogo é possível perceber que o discernimento que teve inicio com uma pergunta profunda, porém simples, tem um desfecho fortemente influenciado pelas escolhas pessoais do chamado “jovem rico”.

Jesus estabelece com ele um processo de discernimento, dá a entender em que consiste de colocar nas fileiras dos seus seguidores? “Venda tudo o que possui, distribua o dinheiro aos pobres, e assim você terá as riquezas do céu. Depois venha e siga-me”. Ao compreender isso, o líder judeu, consistente das exigências do seguimento de Jesus, reage com tristeza, pois, segundo narra o texto bíblico, era muito rico. Para ele, o discernimento consistia em continuar desfrutando as riquezas conquistadas ou abandoná-las em nome do seguimento de Jesus.

Atitudes fundamentais – A partir deste texto, podemos entender que o processo de discernimento se dá em um ambiente de abertura e diálogo, verdade e liberdade diante do que somos e temos e diante do que Jesus é e nos propõe.

Nesse sentido, existem algumas atitudes fundamentais a serem desenvolvidas para dar inicio e prosseguimento ao discernimento vocacional: olhar com especial atenção as realidades sofridas do povo; participar da vida da Igreja nas missas em suas iniciativas sociais e missionárias; conhecer as diferentes vocações – vida matrimonial, leiga consagrada, vida religiosa consagrada, sacerdotal -, e buscar as motivações que você tem para cada uma delas; dialogar com pessoas que seguiram o chamado de Deus, como pais e mães de família, padres, religiosas e leigos consagrados; participar de retiros e encontros vocacionais e, principalmente, procurar uma pessoa habilitada para fazer um itinerário espiritual com você. Um intermediário que o ajude a discernir os sinais de Deus e a descobrir qual a maneira mais apropriada para você acolher a ação amorosa de Deus em sua vida. Essa pessoa pode ser o padre da sua paróquia, alguém da equipe de Pastoral Vocacional, um frei ou uma religiosa.

Discernir na perspectiva vocacional religiosa não significa apenas ouvir conselhos, mas se colocar em escuta atenta e na disposição livre e gratuita de em tudo corresponder aos apelos do Espírito para que o Reino de Deus aconteça em você e, consequentemente, no mundo ao seu redor.
**Texto escrito por Ir. Jucelene Roca, fsp 
(Guia Vocacional - Revista Família Cristã - Janeiro de 2010).

sábado, 16 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacioanl - Feliz dia da Vida Religiosa Consagrada

Hoje a Igreja celebra a vocação da vida Religiosa Consagrada, e também o dia da Assunção de Nossa Senhora. Com muito carinho, felicitamos todas as Religiosas e Religiosos pela sua doação, compromisso e entrega total a Jesus e seu Reino.

Convidamos você que nos acompanha, para este momento de reflexão e ação de graças, através deste pequeno vídeo.




quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - Vocação a vida Religiosa Consagrada feminina

"A princípio penso que antes de dizer um pouco sobre o que venha a ser a Vocação da Vida Religiosa Consagrada Feminina, seja necessário esclarecer sobre o que é vocação.

O termo vocação vem do latim, vocare que quer dizer “chamado”, ou seja, chamado a um desafio, um convite. A nossa vocação fundamental e primeira é a de ser pessoa humana. Somos chamadas(os) a sermos protagonistas e sujeitos de nossa história, a conviver como irmãs (os) uns dos outros, chamadas(os)  a viver a palavra do Deus amor, que nos ama e nos chama. Na igreja vocação é um chamado de Deus para o serviço de seu reino. Alguns homens e mulheres se sentem inquietados e chamados a assumir sua vocação no estilo da vida religiosa consagrada.

Tendo esclarecido em poucas palavras o que venha a ser vocação, falarei sobre a vocação a vida Religiosa Consagrada feminina.

Vocação Religiosa é um dom para a Igreja e um sinal para o mundo. As religiosas são consagradas à Deus para servi-lo e para servir aos irmãos e irmãs. Este serviço se dá através de um jeito próprio, ou seja, de acordo com o Carisma de cada Congregação Religiosa e de cada membro da mesma como um dom, como um modo próprio de ser e agir. Esse dom dado pelo Espírito torna a pessoa apta a realizar determinada missão. Toda jovem que se sente inquietada com este chamado, dá início a busca e descobrimento de diversos grupos com seus carismas específicos. São jovens que animadas pelo Evangelho e inquietadas pelo chamado de Deus desejam consagrar sua vida totalmente a Deus, numa espiritualidade e uma missão específica. 

São mulheres chamadas a deixar tudo, casa, família, propriedade, bens, e livremente ingressam numa Congregação ou Ordem religiosa. Professam os Votos de pobreza, castidade e obediência. Procuram viver sua consagração batismal numa vida de oração e trabalho. O fundamento da Vida Religiosa Consagrada feminina é Jesus Cristo, sendo Ele o Redentor de nossa história e de nosso chamado, tornando-se alimento que nutre nossa vida e nos torna testemunhas vivas do seu Reino de amor.

Sinto-me feliz por ter me inquietado ao apelo que o Redentor desperta em meu coração para ser voz profética em seu reino. Deixando que Ele faça de mim sua discípula e missionária anunciando sua Redenção às mulheres em situação de prostituição, sendo este o carisma específico da congregação que escolhi de Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor. Hoje estando na etapa do noviciado sinto-me realizada com o caminho até aqui percorrido, sempre confiando meu processo ao olhar da Mãe da Esperança. Esperança que me sustenta; Esperança que me anima; Esperança que me lança a trilhar as pegadas do Cristo Redentor."

Por: Evelyn Caroline - Noviça Oblata

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional -Testemunho Vocacional Irmã Sirley

“Fiz de minha vida uma entrega total ao Redentor, 
uma oblação a serviço da vida que está por um fio”.

A minha vocação, desde o início foi e continua sendo marcada por um relacionamento pessoal e amoroso com Jesus. Ele, se apresentou a mim quando eu era, ainda criança, através do olhar profundo de uma freira, que expressava amor e ternura. Este olhar sempre me acompanhou porque nele eu vi e sentir o próprio Deus. 

Fui uma criança e adolescente como outra qualquer. Porém, senti forte o chamado a ser cada dia uma pessoa melhor para mim, para minha família, para os outros e para Deus. Morava com meus pais num local que dava passagem para outros lugares e para a cidade. Ali vi muitas jovens passarem chorando e fugindo da casa de seus pais. Isso me cortava o coração. Insistia com minha mãe para adotá-las... Coisa de adolescente...

Vivi um tempo sombrio, minha mãe estava com câncer que tinha ido para outra cidade submeter-se a uma cirurgia. Fiquei só com meus irmãos. Trabalhava para ajudar a manter a família, e isso sempre foi motivo de orgulho para mim. Sofria com a ausência dos meus pais. Neste contexto, recebi uma visita importante em sonho. Jesus se apresentava como um mendigo e eu o reconheci pelo olhar. Era um olhar profundo, cheio de amor e ternura que me convidava a segui-lo. O convite era forte fazia arder o coração. 

Na realidade o coração continuou ardendo. Tentei resistir, mas não consegui. Aos quinze anos participava de um grupo de jovens na minha paróquia, e durante um encontro de bate papo no qual a coordenadora nos questionava sobre o que queríamos ser, eu disse que queria ser Freira, mas não sabia como. A coordenadora do grupo conhecia as Irmãs Oblatas e me colocou em contato com a Irmã Beatriz. E a partir deste contato, iniciei o processo vocacional, respondendo a este chamado de Deus que me tocava profundamente. Seu amor foi maior, sua misericórdia derramou-se sobre mim. 

Sou Irmã Oblata a 23 anos e atualmente estou no serviço de animação vocacional, auxiliando jovens, que assim como eu tem duvidas, anseios e sonhos.

Não poderia ter escolhido um caminho melhor para minha vida. sou muito feliz e grata a Deus por esta missão. 

Ir. Sirley da Silva

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - Como Responder ao Chamado

Como Responder ao Chamado

Se você não existisse, ninguém iria notar sua ausência; nem notaria a ausência de qualquer outro ou outra que existisse. Mas, antes de existirmos, Deus já nos conhece e ama; por isso nos chama à vida. Somos suas criaturas, amadas e convidadas por ELE ao banquete da vida. 

Você deve estar se perguntando; "Se a vida já é vocação, então lhe devo uma resposta. Qual será a resposta que Deus espera de mim? Certamente a vida tem um sentido a descobrir, uma obra a realizar. E ninguém o faz em meu lugar".

Ser chamado por Deus nos coloca em movimento, nos faz buscar um sentindo, caminhantes que, de acampamento em acampamento, marcham a caminho de um destino desconhecido. O fundamento de toda vocação é certamente a fé, pois se trata de depositar nosso futuro em “alguém além de nós mesmos”.

Quem responde ao chamado, não responde por que um dia ouviu Deus como se ouve uma pessoa falando. A resposta para o convite de Deus vem de nossa fé, de um compromisso sagrado com a Vida, de quem a considera um dom de Deus confiado aos cuidados humanos. E para se ter fé  não é necessário  “ver e ouvir” com nossos olhos e ouvidos. A fé é simplesmente nossa adesão a Deus, não porque vemos e ouvimos fisicamente, mas porque “vemos e ouvimos” com nossos “olhos e ouvidos” da fé e do coração.

Para responder ao chamado é preciso ter fé, coragem e ousadia. Mesmo quando existem resistências e medos, não podemos nos conduzir a um impasse, pois este chamado nos levará a uma terra nova, que produzirá novos futuros e uma vida nova em Cristo. Sem dúvida, o chamado de Deus atravessa nossa história pessoal, nossas buscas, fracassos e aspirações secretas, porém a nossa resposta vem de nossa relação profunda e amorosa com Deus.

Quando alguém se coloca a servido do Reino, é porque acredita nele e sabe que ele chama a todos para uma missão. Ninguém é chamado para servir a si mesmo. Todo ser humano é convidado por Deus a assumir uma missão, a exercer um serviço em favor da comunidade. Não é a pessoa que cria sua vocação; ela descobre-se vocacionada para um ministério e, porque se sente amada por Deus, vai servir, vai trabalhar na messe do Senhor.

A vocação é um ato de liberdade e amor. Deus ao chamar, deixa espaço para que a pessoa vocacionada aceite ou não sua proposta. Isso nos mostra o quanto Deus nos ama e também nos respeita... mas ele continua chamando...

(fontes: http://www.procasp.org.br/ e Livro: "Ide e fazei discípulos meus!", Edson Adolfo Deretti - Ed. Paulinas).

sábado, 9 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - Dia dos Pais

A presença paterna é fundamental, pois junto com a  mãe, o pai  é um dos pilares de unidade e bem estar da família. Ele é o representante legítimo de Deus perante os filhos. É sua missão conduzir com amor e compaixão os filhos no caminho de Cristo, da verdade, da justiça e da paz, mostrando que a família é sempre  a base de nossa sociedade.

Neste domingo, dia dos pais, o Blog Oblatas homenageia todos os Pais, com um belo texto da experiência de José Manuel, coordenador da Unidade Oblata de Belo Horizonte.

"Ser pai não é só gerar filhos. Um pai é mais do que um provedor, é mais do que somente cumprir um papel dentro da família.  Penso que ser pai se assemelha a um farol, uma referência, um guia que instiga sem sufocar que protege no mesmo ato que liberta e incentiva a criança a  se adentrar no mundo com confiança, ao mesmo tempo lembrando-lhe onde encontrar um abrigo, se necessário. Um pai que transmite valores por seus atos, e não discursos. Um pai presente, não porque ele ocupa um lugar físico no espaço familiar cotidiano, mas porque constrói uma ponte indestrutível entre o seu coração e o de seu filho." 


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - O Chamado de Deus


O Chamado de Deus não é privilégio, nem imposição ou destino, mas uma escolha de Deus e uma decisão humana. Dirigido ao mais profundo do coração humano. Somos seres delegantes, movidos por uma enorme sede do infinito, de algo que nos supera, que vai além de nós.

A Maneira de Jesus chamar as pessoas é simples e bem variada. As vezes , é o próprio Jesus que toma a iniciativa . Ele passa, olha e chama (Mc 1,16-20). Outras vezes , são os discípulos que convidam parentes e amigos. Outras vezes é a própria pessoa  que se apresenta e pede para poder segui-lo.(Lc 9,57...) A maior parte  dos que  são chamados  já conhece a Jesus. Eles já  tiveram alguma convivência com ele. Tiveram a oportunidade de vê-lo ajudar as pessoas ou de escutá-lo na sinagoga da comunidade (Jo 1,39). Sabem como Jesus vive e o que ele pensa.

O chamado é gratuito; não custa. Mas acolher a vocação exige decisão e compromisso. Jesus não esconde as exigências. O chamado ao discipulado é cercado de termos contundentes, de propostas escandalosas: “Negue-se a si mesmo”, tome a sua cruz, abandone seu pai e sua mãe”. Quem quer segui-lo deve saber o que está fazendo: deve mudar de vida e crer na Boa Nova (mc 1,15); deve estar disposto a abandonar tudo e assumir com ele uma vida pobre e itinerante. 

Quem não estiver disposto a fazer tudo isso “não pode ser meu discípulo” (Lc 14,33). O peso, porém, não está na renúncia, mas sim no amor que dá sentido à renúncia (Jo 21,15-17). É por amor a Jesus e ao Evangelho  que o discípulo ou a discípula renuncia a si mesmo e carrega a sua cruz, todos os dias, para segui-lo (Mt 10,37-39). Quem se deixa seduzir por esta proposta é somente quem entende o propósito do Reino. Reino, onde seu Rei é antes de tudo um servo, portanto um reino de serviço e de servidores.

O chamado de Jesus é como um novo começo! É como nascer de novo (JO 3,3-8), é transformador. Quem aceita o chamado deve seguir em frente e não olhar para trás (Lc 9,62). O chamado é um tesouro escondido, uma pedra preciosa. Por causa dele, a pessoa abandona tudo, segue Jesus (Mt 13,44-46) e entra na nova família, na nova comunidade e em uma nova dinâmica de vida.
(* Trechos do Livro Vai! Estou contigo! - Carlos Mersters.)


O Homem de Nazaré continua a interpelar muitos corações.
E hoje olha para você e te convida, 
“Segue-me!” (Mt 4,18).

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - História Vocacional Ana Paula Assis


"Acredito que minha vocação foi gestada na minha casa, ainda nos primeiros anos de catequese, fui catequizada por religiosas irmãs de GAP. O testemunho de vida delas o porquê de morar em uma comunidade pobre, acreditar numa juventude de periferia, catequizar as crianças e assim chegar até a família. A entrega sem esperar recompensas, foram gestos que em um determinado momento me questionaram, me fizeram olhar a partir da ótica de um Deus que me era totalmente desconhecido, embora muito próximo.

Na minha cidade houve uma semana missionaria pelos votos de uma jovem e no meu bairro teve a presença de alguns missionários. Neste momento lançaram a semente, todavia foi no crisma o meu grande despertar vocacional. E meu coração ficou inquieto diante da possibilidade da Consagração a Vida Religiosa Consagrada. No meio deste borbulhar e de tantos questionamentos, recordo-me do pároco no nosso último encontro de crisma, perguntando o que nos levava a crismar? Falou ainda que os dons do Espírito eram para ser colocados a serviço, e que a igreja necessitava de homens e mulheres dispostos a deixar a graça de Deus agir em plenitude, fazendo-se discípulos e missionários no anuncio do reino. Na hora pensei, acho que Deus está me dando uma dica, mas será mesmo que é para mim que Ele esta falando? 

Fiquei com esse questionamento um tempo e a primeira pessoa que contei foi meu pai, que imediatamente, me disse: desejo apenas que você faça o que realmente te realize, não tome nenhuma decisão por enquanto procura alguém da igreja que saiba de falar como realmente funciona, mas saiba que estou aqui e sempre, pode contar comigo. Um tempo depois contei minha mãe no primeiro momento não gostou muito da ideia, meus ex-patrões ficaram surpresos, algumas vezes me diziam; "pensa direito, você é muito alegre". Meus amigos receberam com surpresa a notícia, contudo tive apoio de muitos, que eram do grupo de jovens e dos movimentos do quais fazia parte. Minha irmã recebeu muito bem a noticia, disse que já sabia. 

Esperava sim as reações que tiveram com exceção dos meus ex patrões, mas sempre tive a graça de conhecer homens e mulheres consagrados e muito felizes realizados, desde aí tenho um compromisso comigo mesma, o de permitir que as pessoas que me conheçam ou que de alguma maneira irão conviver ou passar pela minha vida saiba que a minha opção de consagrada é uma escolha feliz e autêntica, o que não me blindará (não serei imune) de viver a dor e o sofrimento que faz parte da vida e até mesmo de ter um dia de mau humor, mas porém  quero ser lembrada pela minha alegria e pelo meu sorriso.

Meu principal motivo de seguir a Vida Religiosa é Jesus Cristo, minha consagração tem que ser a Ele por amor ao Reino. Acredito no Ministério do homem de Nazaré que acolhia os marginalizados, fez sentar a mesa o que estava excluídos e que revelou o grande segredo do Pai aos pequenos e pobres.

Minha motivação é uma mescla, ser feliz é o que me faz está no seguimento de Jesus Redentor, sei que Deus nos criou para a felicidade. Minha consagração é para estar a serviço, mas só podemos testemunhar o que realmente vivemos o encontro com o outro é para gerar salvação e isto nada mais é que Redenção, Oblação vida em abundancia, entrega, compromisso, anuncio e denuncia. Viver em comunidade é testemunhar que a vida em plenitude é para todos e que somos chamadas a profetizar um novo jeito de ser igreja. A Vida comunitária é um dos pilares da vida religiosa consagrada, o amor fraterno e a oração são sustento diante do desafio cotidiano da missão.

Estou na vida Religiosa consagrada há quatro anos, caminhando para o encerramento da primeira etapa de formação. (Período de estágio/ experiência para a preparação dos primeiros votos). Amo a Vida Religiosa Consagrada Oblata. Sou uma mulher apaixonada por Jesus Redentor e pelo Reino, digo sempre, que a vida presenteou com a graça de conviver com diversas culturas e pessoas de distintos lugares. Não existe algo que goste mais, tudo é graça e experiência do Sagrado, porém diria que a espiritualidade redentora e o carisma congregacional me fascinam. Não sinto falta de nada, tenho saudades apenas e recordações muito carinhosa de alguns amigos que não vejo há anos, e de pessoas que conheci nas semanas missionárias, missões e nos projetos por onde trabalhei.

Para quem não sabe que decisão tomar, eu digo: Reze, confie em alguém que verdadeiramente possa ter uma orientação espiritual e ajudar no discernimento. Questione o que deseja para o futuro e se lance nas mãos de Deus. Não tenha medo, os desafios existem e são reais, mas Deus vai nos capacitando ao longo da caminhada. O reino tem muito trabalho para ser feito e a falta de operários é um fato que pode ser mudado, basta dizer sim e se por a caminho, acreditar que tudo o que Deus deseja é que vivamos em fraterna comunhão num mundo sem exclusão, o reino é para todos, somos irmãos."
Meu nome é Ana Paula Assis e tenho 31 anos, e sou noviça Oblata.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - Toda Vida é Vocação

Toda vida é vocação.

O ser humano está em constante busca de um sentido para sua vida. É este sentido que faz cada pessoa reunir suas forças e orientá-las numa determinada direção. O modo como a pessoa realiza suas aspirações e expressa o seu modo de ser numa determinada ação ou atividade é chamado vocação.

Por trás da questão sobre o que fazer, deve estar sempre presente a pergunta sobre o que se deseja ser. Nossa realização e nossa felicidade implicam em vivermos aquilo que de fato nós somos.

A vocação no sentido mais profundo envolve a pessoa em sua totalidade, ou seja, tudo o que escolhemos e fazemos expressa a vocação que temos.

No horizonte da fé, a vocação parte sempre da iniciativa divina. O primeiro chamado que Deus faz a todo ser humano é o chamado à vida. Por ele recebemos a existência como dom e missão.

Na perspectiva cristã, vocação corresponde à resposta que damos a Deus através do seguimento de Cristo. Em Jesus, encontramos o sentido último de nossa existência. Pela vivência da vocação cristã, continuamos a missão redentora de Cristo na história.
(Livro: Vocação e Vocações Redentoristas)


domingo, 3 de agosto de 2014

Feliz Dia dos Padres

Neste primeiro domingo do mês de agosto celebramos a vocação Sacerdotal.

"A Vocação Sacerdotal é uma forma radical de viver o Batismo, cuja a missão principal é animar e unir a igreja em torno a Cristo. O sacerdote deve ser um homem de fé profunda e contagiante. Por Ele, Jesus continua vivo e atuante na Igreja".
(Livro: Vocação e Vocações Redentoristas)

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Especial Mês Vocacional - Juventude e Vocação


 Juventude e Vocação


Deus também tem vocação e por isso Ele nos presenteia com o dom da vida para desenvolver o que somos: filhos de um coração vocacionado. Em Êxodo 3,7-10, Deus é o primeiro a ser chamado. Ele ouve o grito do povo e se compromete a fazer algo. Deus se lembrou da aliança que fizera com Abraão, Isaac e Jacó. Ele viu que os egípcios maltratavam o povo e desce para libertá-los. Decide levá-los a uma terra grande e boa. Deus deixa entrar no coração o grito do povo, chama Moisés e o envia ao faraó para tirar o povo da escravidão. Deus conforta Moisés e todos os chamados, dizendo: “Vai! Eu estou contigo!” Por isso podemos dizer que a raiz de toda vocação é Deus, Ele é o primeiro a escutar e dar uma resposta.

Ao longo da História, Deus iniciou um processo de convite e resposta: chamou Moisés, que chamou Aarão e este chamou outros. No Novo Testamento, Jesus se encarna na História a partir do sim de Maria. Jesus diz: “Estou aqui, ó Pai; venho fazer a tua vontade” (cf. Hb 10,7). Jesus continua convidando pessoas para estar com Ele, formar comunidade (cf. Mc 1,17; 10,21) e enviá-las em missão (cf. Mc 1,17; Lc 5,10).
Vocação sempre será diálogo entre Deus e a pessoa. E Ele espera de cada pessoa uma resposta.

Para você, o que é Vocação? 

**Texto escrito por Líria Grade, fsp (Guia Vocacional - Revista Família Cristã -  agosto de 2010).