quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Antonia: Profetiza do amor e da humanidade

Em 28 de fevereiro, as Irmãs Oblatas celebram a páscoa da Madre Fundadora, Antonia Maria da Misericórdia. 
No texto abaixo, Ir. Manuela Rodríguez Piñeres – Oblata do Santíssimo Redentor, fala sobre a mistica de Antonia no trabalho Social que desenvolvemos nas atividades institucionais.


"Antonia Maria da Misericórdia essa mulher de FÉ, HUMANIDADE, CORAGEM E PROFECIA sempre inspira e traz novidade ao carisma Oblata, já seja vivenciado pelas irmãs, as/os leigas/os ou  por toda pessoa que queira se espelhar nela, para seguir o Projeto de Jesus Redentor Libertador.

Sentimo-nos em missão compartilhada com o laicato de espiritualidade Oblata e de outras espiritualidades, com outras pessoas crentes ou não. E com as instituições eclesiais e sociais para responder aos chamados e desafios atuais que brotam da realidade das mulheres.”[1]

Antonia uma mulher que se inicia na missão como leiga, abre-se a espaços para novas relações ao compartilhar sua mesa com mulheres que exercem a prostituição e de mãos dadas com José Maria Benito Serra.

Antonia é essa mulher profética que sonhou a comunidade de iguais: “Todas iguais, todas irmãs em tudo. Eu sou comunista quanto a comunidade.”[2] De qual igualdade estaria falando Antonia? Será que Antonia já intuía essa comunidade ampliada junto com o laicato incluídas as mulheres que exercem a prostituição?

Para compreender melhor estas afirmações e se aproximar a alguma resposta quanto a esses questionamentos, é bom trazer a tona alguns elementos bíblicos: MULHERES, segundo termos paulinos, são nada (1 Cor. 1.26-31). Vale relembrar também que Laos eram as pessoas que não tinham direito de participar da assembleia, do demos composto somente pelos homens livres da polis na sociedade grega. Laos era a mulher, os escravos, os bárbaros, os pagãos=camponeses/as, os/as considerados/as últimos/as que não contavam nada na sociedade, as pessoas menos nobres, desprezados/as. Aprofundando no sentido bíblico, estas pessoas são também são assembléia de Deus, são a Ekklesia, uma assembléia leiga porque plebéia sem sacerdote, em casa não em templo, ao redor de uma mesa e não de um altar para repartir o pão entre os irmãos e irmãs. Também porque a comunidade pode e deve acolher a todas as pessoas sem exclusão de classe ou de pureza. Chamando a todos/as de “santos/as” Paulo abate qualquer barreira ao encontro com Deus porque a igualdade está dada em Jesus Cristo.[3]

Nesse sentido Antonia pode ser chamada a Mulher da Ekklesia leiga, uma Ekklesia que não exclui ninguém, uma mulher visionária de essa comunidade de iguais, assumindo o jeito novo de Jesus na atuação e vivência do poder: “Façam isto em memória de mim ”[4]: Façam circular o poder nas suas comunidades e nas equipes, articuladas/os em parceria com outras/os e enraizadas em uma profunda experiência de “sabedoria religiosa” essa que é capaz de tocar o coração humano e alimentar esperanças (GEBARA I, 2008). Ou seja, sustentando-se numa profunda espiritualidade e mística e, sobretudo, no AMOR exprimido em fatos reais no cotidiano da caminhada e no compromisso solidário com as mulheres em contexto de prostituição. Em um compromisso que parte da acolhida as mulheres até um compromisso e atuação política que incida nas causas estruturais que geram a prostituição e a exploração econômica e sexual dos seres humanos.

Uma mulher com a marca da HUMANIDADE e do AMOR nas relações com as irmãs, com as Marias, com as pessoas benfeitoras, com as famílias das irmãs, e ainda mais com cada uma das mulheres nas quais via a “imagem de Deus[5]. Desta HUMANIDADE está impregnado no seu “Testamento” [6],  deixado antes de realizar sua passagem, sua Páscoa. Porque sua vida esteve permeada pelas atitudes e pelo jeito de Jesus que nos deixara como imperativo e também com caráter de testamento antes de partir: “Façam isto em memória de mim” [7]: Vivenciem o AMOR até as últimas conseqüências, até a entrega da VIDA em martírio pela causa das pessoas mais empobrecidas. Esse testamento de Antonia se pode batizar como o TESTAMENTO DO AMOR HUMANO, é um testamento que faz o convite a revisitar as vidas pessoais, as comunidades, as equipes e a se perguntar: Como é a qualidade das relações? Qual é a marca que nelas predomina?

Com certeza que se pode deduzir que elas se esforçam ter a marca da HUMANIDADE, do AMOR que vai além das diferenças, sejam culturais, pessoais ou provindas dos jeitos diferentes de ser e de enxergar as situações, de pensar, de sentir... E o AMOR é o que faz com que essas diferenças se possam relativizar até poder integrá-las e enxergá-las segundo o coração de Deus.

Cada 28 de fevereiro comemora-se a Páscoa de Antonia, essa passagem, depois dela ter trilhado um caminho de LUZ e de sombras, de desafios e incertezas, mas sempre caracterizado pela fé, a busca, a misericórdia, a compaixão, a solidariedade traduzida em profecia em ação com a realidade das mulheres em contexto de prostituição.

O testemunho de Antonia ao longo de sua vida traz um apelo hoje mais forte do que nunca: Viver relações novas, relações de igualdade no meio das diferenças e da diversidade das pessoas como das realidades.

 “Deus se revela na medida em que se percebe em andamento, um “bom viver” gratificante e que empolga a buscar mais. Nascem e crescem relacionamentos novos, se aproximando aos que Jesus de Nazaré instaurou com pessoas e realidades no meio das quais se inseriu. Foi esta percepção que produziu grande impacto, no meio das comunidades, até uma interpretação nova a respeito do próprio nome do Deus dos cristãos/as (...)”[8]

Hoje somos convidadas a comemorar os 116 anos da Páscoa de Antonia no marco da celebração dos 150 anos de Missão Específica das Oblatas do Santíssimo Redentor, e a seguir as pegadas de Jesus nas pegadas de Antonia, sendo essa Assembleia de Deus que tem um lugar privilegiado para todas essas pessoas consideradas NADA neste mundo globalizado que exclui, desumaniza e mercantiliza os corpos humanos vertiginosamente. Indo assim a contramão da proposta do sistema capitalista liberal, hoje globalizado.

Antonia sonhou essa comunidade de iguais e hoje se sonha e se comprometem as comunidades Oblatas ampliadas a gerar um mundo de relações mais divinas e mais humanas.



[1] CAPITULO GERAL IRMÃS OBLATAS DO SANTÍSSIMO REDENTOR (2013) pág. 9. A tradução é própria.
[2] GOMEZ RÍOS, Manuel, (1987), “Junto al Pozo”, Pág. 68, Ed. Covarrubias, 19, Madrid, España.
[3] Cfr. GALLAZZI, Sandro e RIZZANTE , Ana Maria,(2012) ”TEOLOGIA DAS MULHERES a quem deus revelou seus mistérios”, Fonte Editorial, São Paulo.
[4] João 13,15
[5] BIBLIOTECA HISTÖRICA HERMANAS OBLATAS DEL SSMO. REDENTOR (BH I) VOL. 1 “Orígenes de la Congregación cronologías Generales y Documentos Varios”, pág. 218, párrafo 3°, Madrid, 1979.
[6] FELIPE, Pe, Dionisio Di, A Venerável Madre Antonia - Pedagogia do Amor –  pág 357 editorial el Perpetuo Socorro- Madri 1962.
[7] João 13,15
[8] Cfr LUCIANO BERNARDI, Artigo Testemunhas do Reino, 2014.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Equipe do Governo Geral visita comunidade Nazaré

Na última sexta-feira (21 de fevereiro) a Comunidade Nazaré recebeu a visita da equipe de Governo Geral, a Superiora Geral,  Lourdes e as quatro conselheiras, Julita, Rosário, Luz Angélica e Roseli.

Irmã Beatriz relata a emoção desta visita:

"Foi uma experiência forte de fraternidade e de alegria, onde compartilhamos sobre a vivência do nosso Projeto Comunitário, o processo de unificação da Província, o Documento Congregacional entre outros temas. Foi uma breve visita, mas rica de sentido e significado que confirmou a alegria da nossa entrega e o desejo de seguir rezando para que nossa Congregação continue sendo fiel ao seu carisma e missão!"


Irmãs da Comunidade Nazaré e equipe do Governo Geral
Irmãs que formam a equipe do Governo Geral

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Há 82 anos nós mulheres brasileiras conquistamos o direito ao voto.

Em 24 de fevereiro relembramos uma das primeiras 
conquistas das mulheres no Brasil, o direito ao voto! 

Muitos anos já se passaram e ainda lutamos 

por mais conquistas femininas.

 No artigo abaixo, Rosilene Costa, assistente social 

da Unidade Antonia, nos fala sobre os trabalhos 
realizados com as mulheres atendidas na questão política.



Mulher em Situação de Prostituição: uma cidadã com Direito Político!
                                                                                            Por: Rosilene Costa

As atividades desenvolvidas nas Unidades da Rede Oblata consideram o contexto vivencial de cada mulher, mas também o recorte da história e conquista do coletivo feminino. Desta forma, utilizamos alguns temas que fazem parte da vida cotidiana, como: saúde, educação, política, moradia, entre outros para debater, refletir e compartilhar com as mulheres e assim motiva-las no desenvolvimento da reflexão crítica que as levem ao empoderamento como cidadã de direitos.

Nesse sentido, este ano de 2014 em que o Direito Político  conquistado pelas mulheres (24/02/1932) está na fase da terceira idade, em seus 82 anos com avanços significativos, faz-se necessário uma reflexão sobre seu significado em relação à participação política e nos espaços de controle social . Vale ressaltar que estamos tratando de uma mulher específica que se encontra em situação de prostituição, além de ser cidadã, mãe, filha, esposa, irmã e algumas são até avós, entre outros papéis que a mesma desempenha no decorrer de sua história.

É perceptível que a mulher vem conquistando espaço nas esferas da política no Brasil, como: ministérios, secretarias e até mesmo a Presidência da República, nosso exemplo é de Dilma Rousseff, esses lugares (pastas) eram ocupados por homens e eles ainda são a maioria, porém essa configuração lentamente esta mudando.

Destacamos que nosso trabalho é desenvolvido para mulheres que trazem uma determinada postura estigmatizada e discriminada pela sociedade e por si própria, pois a cultura brasileira está arraigada de tradições e da moral machista inerente ao patriarcado e provavelmente das relações sociais (família, trabalho, amigos), onde essas mulheres foram criadas e vivem até hoje.  Imagine no contexto dos direitos, e particularmente no direito político que atribui à participação nos processos de discussão social, além de votar e ser votada.

Lidamos com pessoas que em sua maioria “não sabem que têm direitos”, quanto mais à importância da escolha de alguém que as representem (politicamente) para responder as demandas básicas trazidas por elas. Eis um de nossos desafios – sensibilizar as mulheres para participação política! 

Nos encontros com as mulheres em situação de prostituição, seja no acolhimento, roda de conversa, atendimento individual ou em grupo, abordagens a campo e formação para cidadania, aproveitamos a oportunidade para abordar alguns temas e a política está entre eles. Realizamos momentos de reflexão com assuntos do dia-a-dia com a intenção de despertar o interesse pela participação nos espaços de política e controle social, para que elas escolham seus candidatos e assim possam cobrar e fiscalizar as promessas feitas em campanhas em ano eleitoral.

Portanto, temos a incumbência de levar a essas mulheres informações e orientações que possam contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento de sua cidadania, as quais estão respaldadas pela Constituição Federal de 1988 tendo como foco central a dignidade da pessoa humana.

________________________________
[1] Direito ao voto feminino pelo Decreto Lei nº 21.046 de 24 d fevereiro de 1932.
[1] O controle social é a participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização, no monitoramento e no controle das ações da administração pública no acompanhamento das políticas, um importante mecanismo de fortalecimento da cidadania (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS).

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Noviças iniciam atividades

De 11 a 14 de fevereiro as noviças: Ana Paula, Brenda Evelyn, Luiza e Priscilla, participaram do Novinter II, o primeiro deste ano, com o tema: Comunidade Joanina, tendo como assessor Padre Shigeyuki Nakanose, do Verbo Divino.

Foram três dias para aprofundarmos na comunidade do Discípulo Amado, que tem como lei principal o AMOR. Aonde somente através do amor chegaremos à Jesus.

A comunidade do discípulo Amado era formada por uma diversidade de grupos, que nesta diversidade devemos caminhar de mãos dadas, e assim como a comunidade de João, nossas comunidades são formadas pela diferença, mas as nossas relações tem que ser baseada, ter como fundamento o AMOR “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo.” Jo15,12.

E é só pelo amor e caminhamos juntas com todas as nossas diversidades chegaremos  e experimentaremos Jesus.

Foi um novinter marcado pelo AMOR e pela liderança da Mulher, pois este evangelho vem destacando também a importância da mulher na comunidade, onde em Jo 12 Maria unge Jesus, assumindo o papel de sacerdote. 

Foi uma experiência muito profunda na comunidade joanina e também um momento de rever todos aquelas (es) que fizeram o novinter I conosco, foi um momento também de reencontros e muita alegria.



Governo Geral Visita Oblatas de São Paulo



O Governo Geral iniciou sua visita na Província SSmo Redentor, reunidas com as irmãs da comunidade Betania no dia 10 de fevereiro, e no dia seguinte com a visita a comunidade N.Sra Perpétuo Socorro e ao Projeto Antonia. No mês de março elas se reúnem novamente em São Paulo para a Reunião do Capítulo Geral.



Sobre a visita do Governo Geral na Unidade Antonia, veja mais em:

http://www.oblatas.org.br/noticias_detalhes.asp?codigo=1091&categoria=11&subcategoria=36

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

“Rede Um Grito pela Vida” lança campanha contra o tráfico de pessoas


Junte-se a nós. Jogue a Favor da Vida!

A campanha preventiva contra o tráfico de pessoas antes e durante a copa do mundo de 2014 no Brasil, denominada Jogue a Favor da Vida, inicia suas ações sensibilizando a população para o tema. Esta é uma iniciativa da Conferência dos Religiosos e Religiosas do Brasil - “Rede Um grito pela Vida”, que após reflexões e avaliações sobre a problemática, principalmente em tempos de megaeventos, decidiu investir forças e energias na realização de uma campanha preventiva que pudesse alertar quanto aos riscos antes e durante tais eventos.

Pautada na análise de situações anteriores, tais como a Copa do Mundo na Alemanha e na África do Sul, e observando os modos como as organizações da sociedade civil atestaram o aumento da exploração sexual no tempo relativo aos ocorridos eventos, a campanha atua contra esse tipo de exploração, abrindo reflexões abrangentes que convidam ao debate.


Objetivos:
Sensibilizar e informar a sociedade civil, sobretudo os grupos mais vulneráveis sobre o tráfico de pessoas e os riscos do seu crescimento durante a copa do mundo; Favorecer a reflexão sobre o impacto social de grandes eventos, de modo especial a Copa do mundo de Futebol de 2014, evidenciando e denunciando as violações de direitos dos grupos mais vulneráveis;
Contribuir para coibir o crescimento do tráfico de pessoas e outras práticas similares de exploração e violação de direitos durante a Copa do mundo; Promover uma cultura de respeito e valorização da vida.

A campanha “Jogue a favor da vida” será realizada nas mídias sociais e MCS, a partir do mês de fevereiro de 2014. Dos meses de março a julho serão realizadas atividades de formação, sensibilização, panfletagem, divulgação na imprensa, debates, seminários, plantão nas rodoviárias, aeroportos, portos, dentre outros locais que contarão com a divulgação dos Disque Denúncia e articulação com os conselhos tutelares, órgãos de segurança, núcleos de enfrentamento ao tráfico de pessoas, centros de direitos humanos, pastorais e organismos para garantir os espaços de atendimento, acolhida e encaminhamento das denúncias.

Os eventos da Campanha serão realizados pelos diferentes núcleos da Rede Um Grito pela Vida presentes e atuantes em todo o Brasil em parceria com as organizações, grupos e mídias que aderirem à mesma.

A campanha será divulgada internacionalmente na América Latina e na Europa, pois conta com a adesão das Redes RAMÁ, KAWSAY E RENATE que integram a Talitha Kum – Rede Internacional da Vida Religiosa no enfrentamento ao tráfico de pessoas. A vida consagrada em época de megaeventos internacionais vem se comprometendo para sensibilizar e alertar sobre o tráfico de pessoas: no ano de 2006, na Copa do Mundo da Alemanha, participou da Campanha “Tráfico de pessoas: apito final”; em 2010, na África do Sul, promoveu a Campanha “Chute o tráfico de pessoas”; e este ano é a vez do Brasil , Junte-se a nós. Jogue a favor da vida!

Como participar:
Integre-se aos núcleos e equipes locais para participar do planejamento e realização das atividades da campanha em parceria com a Rede Um Grito pela Vida.

Colabore divulgando a campanha por meio das redes sociais. Nossa página será lançada na rede Facebook no dia 12 de Fevereiro de 2014: https://www.facebook.com/jogueafavordavida

Banners também estarão disponíveis em nosso blog para compartilhamento e inserção em páginas de apoio. Acesse:

Você também pode contribuir com a produção e divulgação do material, promovendo debates e reflexões sobre a  realidade do tráfico e os riscos de crescimento do tráfico de pessoas neste tempo de megaeventos. Participe desse mutirão de alerta, vigilância e formação.
Nosso grito: Jogue a favor da Vida! Denuncie o tráfico de pessoas.

Mais informações: gritopelavida@gmail.com

Experiência de Retiro Kairós - Por Samara Lima

    
 A cada instante de nossas vidas, nos mais simples gestos Deus nos proporciona momentos de encontro pessoal com Ele. E neste processo dinâmico da vida, no processo da minha caminhada vocacional, e na atual experiência que  estou vivenciado externamente em preparação para a vida formativa em Comunidade interna na Congregação da Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, sinto em muitos momentos a presença amorosa de Deus. 

      Diante da certeza de que a vida é feita de escolhas, objetivos, metas e gestos concretos de cultivo pessoal, estive entre os dias 01 e 02 de Fevereiro de 2014, num Retiro para jovens da Arquidiocese de Goiânia com o Tema: Kairós. 

    Iniciamos com a Santa Missa, onde o Padre na sua homilia já nos apontava o caminho proposto para percorrermos, que era o ato de Retirar-se. Na adoração, momento de encontro com Deus, tudo tão simples, mas único. O Senhor falava ao meu coração e eu sentindo sua liberdade e abertura me entregava cada vez mais para que Ele pudesse falar...

      Foi emocionante, rezar a luz da palavra com o salmo 23 “O Senhor é meu Pastor e Nada me faltará”, e poder renovar todos os meus sonhos e projetos em seguir Jesus mais de perto. Ter a oportunidade de poder me confrontar com meus apelos, medos, desilusões, alegrias, confianças. E também ter a certeza de que Ele é meu Pastor, e nada vai me faltar. Pude perceber e fazer a experiência da ovelha que é cuidada e abrigada, que sente segurança e acolhimento ao ouvir a voz do pastor que chama pelo nome, não me deixa só e me traz proteção, a referência da minha vida.

    É desta forma que o Senhor faz com cada uma de nós. Tenho buscado esta certeza, coragem, segurança neste processo da minha vida.

      Ao fim da tarde, participamos de uma dinâmica na qual ficávamos presas à outra pessoa, e permanecer por um tempo juntas. Um desafio de estar junto com as mãos e pés amarrados, vivendo a experiência de caminhar ao lado, de acolher e entender as dificuldades do outro, ter paciência para esperar... A dinâmica foi algo profundo. Senti realmente um processo de aprendizado, me dando conta de que assim será também a dinâmica de conviver em família, em comunidade e na vida, acolhendo e rezando as minhas limitações, dificuldades e também todos os sentimentos deste momento.
      No Domingo nos foi proposto uma caminhada do local do Retiro até a chácara da Pedra, e sem calçados (que foi pedido) caminhamos pela estrada sentindo o chão, a terra que havia, e nesta hora me veio a passagem que relata: “Retire as sandálias pois este é território  é Sagrado”Durante a caminhada chegamos ao monte do Cruzeiro onde se encontra um Crucifixo de pedra no Alto da Chácara. No mirante um lugar incrível com a paisagem divina fiz a experiência de encontrar com o Cristo Crucificado à luz da palavra de 2 Tessalonicenses 3,5. 
                                                                                                    
     E aos pés da Cruz, tendo a certeza de que tudo começa e passa pela cruz, renovei minha caminhada, meu futuro, os sonhos de Deus e projetos que Ele tem para mim. 
Cantamos “Só por ti Jesus...” música que reflete também a essência da Vida Oblata. Uma Oblata é chamada a se consumir de amor como a Vela que queima no Altar. Mais uma vez Jesus confirmava ao meu coração o caminho que estou  seguindo. Até ao fim, Só Por te Jesus. 

   Foi um presente de Deus fazer a experiência do Retiro no dia que foi comemorado Mundialmente o dia da Vida Religiosa Consagrada. 

   E a nossa Congregação Comemorou 144 anos de Fundação, Entrega, Oblação, da manifestação da providência de Deus na Missão Oblata. Uma Obra de Amor que nasceu do Coração de Deus assumida com tanto Ardor pelos Fundadores, e que é Continuada por cada Irmã Oblata, leigos e Colaboradores desta Obra que formam uma grande família que caminha junto às mulheres no contexto da prostituição. 

      Todos juntos queremos nos consumir de Amor só por ti Jesus.


Samara Lima -Pré-Postulante Oblata.
Goiânia - Fevereiro de 2014.



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Vídeo da Pastoral da Mulher de BH

Confira o vídeo institucional produzido pela Pastoral da Mulher de BH, no qual conta a história da Pastoral e conta com depoimentos da equipe e das mulheres atendidas pela Unidade.


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Enfrentado a discriminação contra a mulher

No dia 1 de fevereiro se comemora  a ratificação pelo Brasil da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a  mulher (CEDAW, ONU).



Hoje em dia, a luta contra  a discriminação das mulheres que estão em situação de prostituição é uma tarefa pendente das nossas sociedades.  É necessário desenvolver  políticas para garantir o respeito que merecem  e enfrentar a rejeição hipócrita que muitos setores sociais manifestam contra elas .



veja mais em:

Pastoral da Mulher BH: 1 de fevereiro: Enfrentado a discriminação contra ...:

144 anos de fundação Congregação das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor

Fundada em 2 de fevereiro de 1870, a Congregação de Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor nasceu da inquietação e da misericórdia vivenciadas por Pe. José Serra e Madre Antonia diante do abandono e da miséria em que se encontravam as mulheres em situação de prostituição daquela época. Ambos fizeram de suas vidas um compromisso com a libertação e humanização dessas mulheres.

Atualmente, a Congregação das Irmãs Oblatas está presente na Espanha, Itália, Portugal, Argentina, Estados Unidos, Brasil, México, Venezuela, Colômbia, Uruguai, República Dominicana, Guatemala, Porto Rico, Angola e Filipinas. Uma história de entrega, acolhida, misericórdia e solidariedade, um sonho Padre Serra e Madre Antonia  pela Humanização e Libertação da Mulher em Situação de Prostituição.

Unidas, celebramos com todas as Irmãs e leigos que fazem parte desta família!

Louvamos a Deus por nossos fundadores.